O presidente da República, , afirmou que Gabriel Galípolo vai “dar uma lição de como se governa o Banco Central”. O petista deu a declaração em um vídeo publicado nas redes sociais, nesta sexta-feira, 20.
“Esse jovem chamado Galípolo está assumindo a presidência do Banco Central”, iniciou Lula. “Queria dizer para o Galípolo que seguimos mais convictos que nunca que a estabilidade econômica e o combate à inflação são as coisas mais importantes para proteger o salário e o poder de compra das famílias brasileiras.”
Lula definiu Galípolo como um “presente” e uma “novidade” ao Brasil. O presidente ainda declarou seu governo tomou “as medidas necessárias para proteger a nova regra fiscal e seguiremos atentos à necessidade de novas medidas”.
“O Brasil é guiado por instituições fortes e independentes que trabalham em harmonia para avançar com responsabilidade os desafios e avançar com responsabilidade”, sinalizou.
O petista também desejou “boa sorte” a Gabriel Galípolo na presidência do Banco Central. O economista assume o cargo a partir de 2025, com a saída do indicado de Jair Bolsonaro da gestão, Roberto Campos Neto.
Ao lado de Galípolo e dos ministros Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Fernando Haddad (Fazenda), Lula negou que vai interferir nas decisões do Banco Central.
“Eu quero que você saiba que jamais, jamais haverá, da parte da Presidência, qualquer interferência no trabalho que você tem que fazer no Banco Central”, afirmou o presidente da República.
“Eu queria, Galípolo, dizer para você uma coisa muito importante. Eu quero que você saiba que você está aqui por uma relação de confiança minha e de toda equipe do governo. E eu quero te dizer que você será, certamente, o mais importante presidente do Banco Central que esse país já teve porque você vai ser o presidente com mais autonomia que o Banco Central já teve porque eu tenho certeza que pela tua qualidade profissional, pela tua experiência de vida e pelo teu compromisso com o povo brasileiro, certamente você vai dar uma lição de como é que se governa o Banco Central com a verdadeira autonomia”, acrescentou.
Natural de São Paulo, Gabriel Galípolo tem 42 anos e é formado em economia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Também é mestre e doutor em economia política pela Universidade de São Paulo (USP).
O economista iniciou sua carreira no setor público em 2007, quando José Serra (PSDB) assumiu o governo de São Paulo. Ele foi nomeado chefe da Assessoria Econômica da Secretaria de Transportes Metropolitanos. No ano seguinte, tornou-se diretor da Unidade de Estruturação de Projetos da Secretaria de Economia e Planejamento do Estado de São Paulo.
Entre 2017 e 2021, ocupou a presidência do banco Fator, uma instituição especializada em parcerias público-privadas e programas de privatização. Durante sua gestão, o economista liderou os estudos para a privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), um processo iniciado em 2018.
Em 2021, o banco Fator, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), conduziu o leilão da estatal, arrecadando R$ 22,6 bilhões com a venda de três dos quatro blocos ofertados.
Sua passagem pelo banco Fator não é marcada por grandes transformações nem inovação, o que gerou críticas de que seu histórico no setor financeiro foi mais técnico e reativo do que propriamente visionário. Muitos analistas questionam se essa falta de destaque será suficiente para conduzir as políticas monetárias de um país do porte e dos desafios do Brasil.
Fonte: revistaoeste