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Política

Lula acusa agência da ONU de apoiar o Hamas: mais dinheiro envolvido?

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O presidente Lula vai aumentar a doação do dinheiro dos pagadores de impostos à agência das voltada a ações humanitárias de suporte a refugiados palestinos, mesmo depois de uma denúncia envolvendo o Hamas.

Doze funcionários da agência são acusados por Israel de participarem dos ataques promovidos pelos terrorista, em 7 de outubro de 2023, fato que levou a um bloqueio no financiamento internacional do órgão, demissões e, até mesmo, a abertura de uma investigação interna.

O anúncio do presidente em relação ao aumento de repasses aconteceu na quinta-feira 8, quando o petista visitou a Embaixada da Palestina em Brasília.

“O Brasil exorta a comunidade internacional a manter e reforçar suas contribuições para o bom das suas atividades”, disse Lula, segundo um discurso divulgados pelo Palácio do Planalto. “Meu governo fará aporte adicional de recursos para a agência. O Brasil também integra a Comissão Consultiva da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA). As recentes denúncias contra funcionários da UNRWA precisam ser devidamente investigadas, mas não podem paralisá-la.”

Conform o jornal O Estado de S. Paulo, o valor adicional a ser transferido pelo Brasil ainda não foi divulgado e ainda não há uma quantidade definida. A agência é dependente de doações. Cerca de 95% de seu orçamento vem de transferências de outros países.

Segundo balanços recentes, a UNRWA teve um orçamento de US$ 1,17 bilhão, em 2022, sendo os maiores doadores os países membros da União Europeia (US$ 520 milhões) e os Estados Unidos (US$ 344 milhões). O Brasil, contudo, enviou US$ 75 mil.

Hamas
Soldados Do Hamas | Foto: Reprodução/@Shaykhsulaiman

O financiamento da UNRWA tornou-se uma crise política e diplomática, decorrente da guerra entre Israel e o Hamas, devido à atuação da agência.

Em janeiro, o governo israelense entregou um dossiê aos acusando colaboradores da UNRWA de envolvimento direto nos ataques terroristas, que causaram a morte de 1,2 mil pessoas em Israel e a captura de 250 reféns.

O número de palestinos mortos passa dos 27,7 mil, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, governado pela facção terrorista desde 2007 — assim, o número não possui confirmação independente.

Entre os 12 acusados, nove foram demitidos, dois precisam ser identificados e um morreu. A ONU já fala em “infiltração” por parte do Hamas. Conforme Israel, cerca de 190 colaboradores da UNRWA, que distribuem alimentos, fornecem abrigo e educação aos refugiados palestinos, teriam uma “militância” em grupos radicais que incitam atos terroristas, como o Hamas e a Jihad Islâmica.

Nos 125 dias da guerra, cerca de 154 funcionários da agência em Gaza foram mortos, durante os bombardeios e incursões das Forças de Defesa de Israel.

António Guterres, secretário-geral da ONU, tem feito apelos em prol do desbloqueio dos recursos para a agência. Guterres promete agir de imediato, caso receba novas informações a “infiltração” do Hamas na ONU.

Além disso, afirmou que 3 mil colaboradores da agência estão envolvidos diretamente na ação humanitária em Gaza e que seus serviços são insubstituíveis.

Em virtude das acusações, alguns países aliados de Israel interromperam as doações, consideradas fundamentais. Na sexta-feira 9, os EUA anunciaram que não vão retomar a ajuda até que a investigação termine.

Em janeiro, a União Europeia decidiu manter os repasses, pois entendeu que o valor é essencial para a sobrevivência dos refugiados. Contudo, disse considerar as denúncias “muito graves” e cobrou uma na agência.

Em nota, o Itamaraty já havia informado que acompanha com atenção a investigação feita na UNRWA.

“O Brasil confia em que as investigações, ora em curso, conduzidas pelo Escritório de Serviços de Supervisão Interna das Nações Unidas, e que resultaram na demissão de funcionários da agência, chegarão a bom termo”, informou em nota.

“As referidas denúncias não devem, entretanto, ensejar redução das contribuições imprescindíveis ao funcionamento da UNRWA, em que pode levar ao colapso das atividades da agência, em contexto de grave crise humanitária em Gaza e em prejuízo do cumprimento de recente decisão, de caráter juridicamente vinculante, pela Corte Internacional de Justiça, sobre o imperativo de garantir o acesso humanitário aos cidadãos de Gaza”, continuou.

O fato de o Brasil fazer a promessa de ampliar a doação à agência demonstra mais um gesto de Lula em favor dos palestinos. Isso, na esteira das declarações dele de que Israel promove o “terrorismo” e “genocídio” em Gaza.

Recentemente, Tal ação do Brasil gerou protestos na comunidade judaica e provocou críticas internas a Lula por parte da oposição ao governo.

Fonte: revistaoeste

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