O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), vai solicitar o acesso aos autos do processo contra Carlos Jordy (PL-RJ). Líder da oposição ao governo Lula na Casa, Jordy foi alvo de operação realizada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira, 18.
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A informação a respeito da movimentação por parte de Lira foi anunciada por Jordy durante ao Oeste Sem Filtro desta quinta-feira. De acordo com o parlamentar, o presidente da Câmara não foi avisado previamente da ação de hoje — o que o incomodou, segundo afirmou.
A declaração de Jordy reforça o que Oeste apurou. Isso porque Lira fez questão de , do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre uma operação que ocorreu, inclusive, dentro das dependências da Câmara. O gabinete de Jordy foi, por exemplo, um dos endereços onde agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão.
Relator dos processos relacionados ao de 8 de janeiro no STF, Moraes foi o responsável por expedir os mandados de busca e apreensão contra Jordy. A ação que mirou o deputado federal se deu no âmbito da 24ª fase da .
Jordy aproveitou a entrevista ao Oeste Sem Filtro para reclamar publicamente da postura que vem sendo adotada pelo Poder Judiciário, sobretudo por Moraes e outros ministros do STF. Em contrapartida, lamentou a falta de ações por parte do Legislativo.
De acordo com o deputado, Moraes “está agindo ao arrepio da lei” e exemplifica o que classifica como avanço da “ditadura do Judiciário” no Brasil. Enquanto isso, conforme ressaltou, o Congresso Nacional “está desmoralizado”.
Na entrevista, Carlos Jordy disse que Lira chegou a ligar para ele depois da operação deflagrada pela PF. Ele, no entanto, afirmou que não recebeu nenhum contato por parte do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que é presidente do Senado e, consequente, presidente do .
Até às 20h25 desta quinta-feira, Pacheco ainda não havia se manifestado publicamente a respeito da operação ordenada por Moraes contra Jordy.
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Fonte: revistaoeste