O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), pediu aos colegas “controle verbal” e que diminuam o nível dos palavrões ao se referir ao ex-presidente Jair Bolsonaro e ao atual presidente Lula. O parlamentar ameaçou os congressistas com processo no Conselho de Ética, caso não diminuam o nível de ofensas. Lira criticou a postura dos parlamentares pelo menos duas vezes no plenário.
De acordo com o presidente da Casa, que foi chamado de “censor” pelos deputados, “a partir da eleição do próximo Conselho de Ética, independentemente de lado, sigla, ideologia, pensamento partidário, o deputado ou a deputada que se excederem no Plenário desta Casa responderão perante o Conselho de Ética”. Lira classificou como “inadmissível” o vocabulário usado pelos parlamentares.
“Ontem, eu assisti à sessão da Câmara”, disse Lira. “Foi deprimente o que nós vimos aqui, ante o comportamento de parlamentares, de parte a parte, uns acusando, outros defendendo, e vice-versa.”
O parlamentar disse que o Regimento Interno da Câmara prega que nenhum deputado poderá referir-se “de forma descortês ou injuriosa” a outro. O regimento garante a Lira o direito de remover das notas taquigráficas o que considerar “injurioso contra autoridade deste Parlamento, do Poder Executivo ou representantes de Estados com os quais o Brasil tenha relacionamento”.
Fonte: revistaoeste