Após o encontro, a presidente da federação, Eliane Xunakalo, do povo Kurâ Bakairi, afirmou ter esperança de concretude por parte do governador, o qual, segundo ela, recebeu e comitiva com várias lideranças de diversos povos indígenas com “muita receptividade” e eu andamento a algumas das demandas apresentadas.
“Há diversas demandas em vários eixo, sobre educação, saúde, meio ambiente, mas o que mais pedimos ao governador foi que haja mais diálogo conosco, mais proximidade. Ele se mostrou muito aberto e já apresentou alguns encaminhamentos. Saímos daqui com muitas expectativas e muita esperança de concretude”, disse Eliane, em entrevista ao Leiagora.
Entre as demandas apresentadas também está a ajuda do estado na fiscalização contra o extração ilegal de minério em terras indigenas. Apesar da segurança das TIs ser obrigação federal, os indígenas acreditam que o governo do estado pode colaborar com o patrulhamento, ações de inteligência para prevenir invasões e proteção das áreas dos povos originários.
“A jurisdição sobre território indígena é do governo Federal. Mas se houver alguma invasão por garimpeiros, podem ficar tranquilos que vamos colaborar com o governo Federal para impedir isso. Aqui nós prezamos muito por fazer sempre aquilo que é correto. Podem contar sempre conosco para fazer aquilo que é melhor para os mato-grossenses, e vocês são cidadãos mato-grossenses com muito orgulho”, ressaltou Mauro mendes, segundo informa assessoria de imprensa.
O Documento
O Acampamento Terra Livre em Mato Grosso produziu um documento com reivindicações ao governo do estado dividido em 5 eixos: Educação Escolar Indígena, Estratégia Produzir e Preservar; Conservar e Incluir; Secretaria de Estado do Meio Ambiente de Mato Grosso; programa REM, e Observatório de Saúde Indígena.
No primeiro eixo, solicitam a participação no Conselho Estadual de Educação e a contratação de professores para escolas estaduais que atendam os povos indígenas em Mato Grosso. Em relação à Sema, um dos principais pontos é o respeito à consulta aos povos indígenas em empreendimentos nas proximidades de TIs, como pequenas centrais hidrelétricas e ferrovias.
Na questão da saúde, os indígenas pedem, além de atendimento garantido na média e alta complexidade estadual, vagas nas universidades públicas para que os indígenas possam cursar Medicina. Já no eixo Estratégias de produzir e preservar.
Já no que tange ao programa REM, que recompensa trata de conservação florestal e na mitigação das mudanças climática, os povos indígenas solicitam foco na demarcação de terras indígenas.
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Fonte: leiagora