O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stedile, criticou, na terça-feira 30, o acordo entre o Mercosul e a União Europeia. Stedile elogiou a postura dos agricultores franceses e cobrou uma posição do presidente .
Em uma publicação no Twitter/X, o líder do MST afirmou que o “acordo só beneficia a indústria europeia e o agronegócio brasileiro”. Ele expressou descontentamento com os “diplomatas colonizadores” que insistem em prosseguir com as negociações.
Mas por aqui, diplomatas colonizados insistem em levar adiante “ negociações”. O acordo só beneficia a indústria europeia e o agronegócio brasileiro. Todos os demais setores sociais só perdem.
— João Pedro Stedile (@stedile_mst) January 30, 2024
Stedile afirmou sobre a postura do presidente francês, Emmanuel Macron, que se posicionou contra o acordo. Ele destacou que sindicatos metalúrgicos são contra e ainda cobrou um posicionamento de Lula solicitando para que o tema seja levado ao Ministério das Relações Exteriores.
“Espero que o Lula determine ao Itamaraty para deixar de trabalhar para os europeus”, escreveu Stedile. “Afinal é o povo brasileiro que os paga!!”
Na segunda-feira 29, Macron disse que a União Europeia tinha encerrado as negociações e não fecharia o acordo comercial com o Mercosul.
Os agricultores do país são contrários ao acordo, que traria ainda mais prejuízos ao setor. Os produtores franceses temem a concorrência com os países do Mercosul, especialmente Brasil e Argentina.
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Recentemente, fazendeiros de diversos países da União Europeia começaram uma onda de protestos contra os governos locais. Agricultores franceses, alemães, belgas e poloneses estão irritados com o aumento dos custos e com as importações baratas.
Mesmo com a resistência da França, as negociações foram retomadas na semana passada e devem seguir pelos próximos meses. Para ter validade, o acordo com o Mercosul precisa necessariamente da aprovação dos 27 países integrantes da União Europeia.
Fonte: revistaoeste