A advogada e jornalista mineira Claudia Wild publicou no Twitter uma crítica à “inércia” do poder público diante da tragédia que atingiu o Rio Grande do Sul. “O que vemos na tragédia gaúcha é simplesmente didático: a União inerte, o governador do Estado preocupado em atualizar sua foto nas redes sociais e o povo colocando a mão na massa”, escreveu Claudia na rede social.
Em meio à tragédia climática que atinge o do país, o governador Eduardo Leite (PSDB) teve a ideia de trocar a sua foto de perfil no Facebook. Alvo de críticas, a ação de social media ocorreu na manhã da última sexta-feira, 3.
A jornalista afirmou ainda que os “heróis anônimos, pessoas físicas e a iniciativa privada” é que estão engajados em salvar vidas no Rio Grande do Sul. “Do outro lado, um presidente inútil dispondo de meia dúzia de gatos pingados para atuar numa tragédia sem precedentes”, julgou.
Ao chegar ao Estado na quinta-feira 2, a primeira declaração pública do presidente a jornalistas foi sobre futebol. Sem ser perguntado sobre o assunto, o petista afirmou que estava “torcendo pelo Grêmio e pelo Internacional”, times que são, historicamente, rivais no futebol gaúcho.
Em transmissão ao vivo, a repórter Amanda Boeira, do portal Zero Hora, confirmou que, na ocasião, essa foi a única fala de Lula à imprensa.
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Ao chegar ao Rio Grande do Sul, na quinta-feira 2, a primeira declaração pública do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a jornalistas foi sobre futebol.
Imagens: Grupo RBS. pic.twitter.com/JBfrTX25F5
— Revista Oeste (@revistaoeste) May 3, 2024
O número de vítimas fatais das enchentes no subiu para 66, de acordo com o último boletim da Defesa Civil do Estado. As autoridades informaram que outras seis mortes estão sob investigação. Enquanto isso, 101 pessoas de diversas regiões continuam desaparecidas.
As fortes chuvas que atingem o território gaúcho já impactaram 332 dos seus 497 municípios. Além dos óbitos, há registro de 155 feridos. As tempestades afetaram diretamente mais de 707 mil pessoas no Estado. Desse total, mais de 80,5 mil estão desalojadas e outras 15 encontram-se em abrigos temporários.
De acordo com Eduardo Leite, este episódio já é considerado mais devastador que a catástrofe ambiental de setembro de 2023, quando 54 pessoas perderam suas vidas.
Fonte: revistaoeste