“Não é ser contra o governador e sim contra a maneira como vem sendo feito, sigilosamente, secretamente, sem nós tomarmos conhecimento. Nem eu nem o deputado Dilmar estamos sabendo dessa tramoia, fui saber ontem à noite a traves dos sites. Isso não é coisa que se faça”, disse.
Além de não comunicar os correligionários sobre a eleição agendada para domingo (30), Julio ainda reclama do fato de o pleito ser realizado com apenas 22 diretórios municiais formados.
“Eu não concordo. Isso não vai ocorrer, isso é sacanagem. Nós elegemos apenas 22 diretórios municipais e os 120 que não tem. A eleição de domingo seria fraude. Se isso ocorrer, ele tem que liberar nós pra sair do partido”, enfatizou.
O parlamentar ainda afirma que o governador não nenhuma condição de assumir o comando do partido. “Ele tem condição de assumir o partido, como cidadoa, como eleitor, como filiado, mas não tem tempo. Como que vai viajar para o interior toda semana para organizar o partido? Precisamos organizar o partido em 120 municípios. Só uma pessoa desprendida”, colocou.
Ele ainda cita que o acordo firmado internamento no partido era outro. “O que foi combinado e que cada deputado iria escolher 30 municípios, onde ele tinha lideranças e ascendência e montar o novo diretório municipal. Isso foi combinado a três meses atras. Agora, na calada da noite inventam essa de querer fazer o diretório regional com apenas 22 municípios, que foi liderado pelos prefeitos que podem vir a reeleição. É muita falta de respeito, até com a bancada estadual”, completou.
Atualmente, o União Brasil é comandado pelo deputado federal Fabio Garcia, que tem pretensões de disputar a eleição majoritária da Capital no próximo ano.
Nos bastidores, a conversa é que Mendes deve assumir o lugar do congressista no domingo (30). O próprio governador confirmou que existe essa possibilidade.
Diante da polêmica causada em torno disso, Julio afirma que as lideranças do partido irão se reunir na sexta-feira (28) para tratar do assunto.
Para Julio, isso também pode ser uma estratégia para prejudicar o deputado estadual Eduardo Botelho (União), que também trabalha o seu nome para a disputa rumo a Prefeitura de Cuiabá.
“Na reunião de sexta-feira o pau vai quebrar. Não houve nenhum diálogo, é sacanagem, falta de consideração. Não vamos concordar com isso, ou então libera do partido. Como que você vai ficar num partido que na calada da noite resolve fazer um diretório regional se a maior base do partido são os deputados estaduais”, finalizou.
Fonte: leiagora