Por enquanto, o deputado estadual Júlio Campos está à frente na articulação dentro do bloco governista, porém Sebastião Rezende continua a dialogar com os colegas. O líder do grupo, deputado Dilmar Dal’Bosco (União), pode deixar as conversas seguirem durante o final de semana adiando a entrega da indicação oficial à Mesa Diretora, que deveria ocorrer nesta quinta-feira (9).
Lá é onde é verificada a constitucionalidade e legalidade jurídica da proposta. Lá, um projeto pode receber relatório por arquivamento, ter a tramitação acelerada ou retardada, de acodo com os interesses de quem a preside, o qual tem poder poder indicar qual membro da CCJR irá relatar cada proposta.
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Portanto o controle dela é tido como fundamental para os andamentos dos interesses do Poder Executivo. Dessa forma, os deputados que a compõem ganham força política e poder de barganha com a administração estadual.
Os personagens
Único deputado no sexto mandato consecutivo na Assembleia Legislativa, Sebastião Rezende tradicionalmente ocupa uma das vagas da Comissão de Constituição, Justiça e Redação. Ao longo dos 20 anos de Parlamento, ele já presidiu ou fez parte da CCJR em várias ocasiões e é considerado nos corredores da ALMT como um dos mais experientes na área.
Do outro lado está Jùlio José de Campos, ex-governador, ex-senador, ex-deputado federal, ex-prefeito e ex-conselheiro de Contas de Mato Grosso, o político mais experiente da atual legislatura da Assembleia Legislativa, apesar de ser novato no Parlamento. Além de costurar a presença na CCJR no primeiro ano, ele já articula para ser eleito presidente da comissão.
Apesar de ambos serem do União Brasil, nenhum dos dois são do mesmo grupo político do governador Mauro Mendes (União). Sebastião Rezende militou por muitos anos no PSC e é tido como representante do segmento evangélico e conservador na Assembleia Legislativa.
Já Júlio faz parte do grupo político dos Campos, membros históricos dos extintos Arena, PDS, PFL e DEM, partidos bases para o surgimento do União Brasil, mas anteriores à presença do grupo de Mauro Mendes, que se filiou ao DEM para disputar a eleição de 2018.
Fonte: leiagora