Sergio Moro (União Brasil – PR) chega ao julgamento que pode cassar seu mandato como senador isolado no Legislativo e no Judiciário, em .
O julgamento sobre a cassação e o inquérito recente do Supremo Tribunal Federal (STF) podem enterrar de vez a Lava Jato, segundo o jornal Folha de S.Paulo.
Enquanto a Lava Jato estava em auge de popularidade, os Tribunais Superiores referendavam a maior parte das decisões, e a classe política tinha receio de criticar a operação. Mas, agora, o ambiente é o oposto, e Moro pode sofrer reveses nas ações a que responde.
A principal preocupação de Moro até o início do ano era a aliança entre o Partido dos Trabalhadores (PT) e o (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro, contra ele.
Porém, em meados de janeiro, Moro também passou a responder a uma investigação criminal no STF. O ministro Dias Toffoli determinou a abertura de inquérito para apurar a atuação de Moro no acordo de delação premiada do ex-deputado Tony Garcia há 20 anos, em 2004, no caso do Banestado.
Como relator do caso, Toffoli amplia o risco para o ex-juiz, já que ele é um dos principais algozes da Lava Jato na cúpula do Judiciário, segundo o jornal. Toffoli impôs uma das maiores derrotas à Lava Jato em 2023, quando determinou que as provas dos acordos de leniência da Odebrecht, Drousys e MyWebDay eram imprestáveis em qualquer âmbito ou grau de jurisdição.
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Toffoli também anulou a multa de R$ 10,3 bilhões da J&F no acordo de leniência do grupo dos irmãos Joesley e Wesley Batista. O ministro ainda autorizou a J&F a ter acesso à íntegra das mensagens da Operação Spoofing, que tem conversas com integrantes da Lava Jato.
Moro sofre diversas derrotas no STF desde que deixou a magistratura para ser ministro da Justiça de Bolsonaro no início de 2019. A mais emblemática foi a anulação das condenações contra o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, de quando era titular da .
Fonte: revistaoeste