O adiou o julgamento das ações que podem resultar na cassação do mandato do senador Sergio Moro (União). Agora, a Corte não tem uma nova data para analisar o caso.
Inicialmente, o julgamento de Moro seria em 19 de fevereiro. Contudo, nesta quarta-feira, 31, o desembargador Wellington Emanuel Coimbra de Moura, em um de seus últimos atos na presidência do TRE-PR, antecipou a sessão para a próxima quinta-feira, 8, antes do Carnaval. Somente com a equipe completa o TRE-PR deve julgar o caso.
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A decisão de retirar o julgamento da pauta foi do desembargador Sigurd Roberto Bengtsson. Ele deve assumir a presidência do nesta sexta-feira, 2.
A escolha do nome cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e precisa obedecer às opções de uma lista tríplice a mando do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Isso deve ocorrer no decorrer das próximas horas.
O adiamento da entrada do novo magistrado escolhido pelo presidente da República pode permitir a Moro uma virada no processo.
O ato judicial é de autoria do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Partido Liberal (PL). As duas siglas sustentam que o parlamentar teve “gastos excessivos” durante a pré-campanha. Conforme as legendas, houve um desequilíbrio da disputa entre os concorrentes à cadeira em jogo para o Senado pelo Paraná na disputa eleitoral em 2022.
Moro, que nega as acusações de abuso de poder econômico, chegou a ser pré-candidato a presidente. Nesse período, de pré-campanha eleitoral, ele estava filiado ao Podemos de São Paulo. No último dia hábil para mudança de partido, o ex-juiz e ex-ministro da Justiça migrou para o União Brasil do Paraná e se candidatou a senador. Moro foi eleito com 33% vos votos válidos, superando Paulo Eduardo Martins (PL) e Álvaro Dias (Podemos), que tiveram 29% e 23% dos votos, respectivamente.
De acordo com Moro, em depoimento à Justiça Eleitoral, ele já era bastante conhecido “no Paraná ou no Brasil inteiro sem uma pré-candidatura presidencial”. Na ocasião, o senador fez referência à , que evidenciou o seu nome no combate à corrupção.
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O Conselho Nacional de Justiça vai investigar se Moro usou a magistratura com fins político-partidários. Além disso, o órgão deve averiguar se o senador cometeu irregularidades na gestão das multas dos acordos de delação e leniência homologados na Lava Jato.
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Fonte: revistaoeste