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Política

Julgamento do pedido de cassação de Cláudio Castro e Thiago Pampolha pelo TRE-RJ inicia quinta-feira

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O começa, na quinta-feira 30, o julgamento do do governador Cláudio Castro (PL) e do vice, Thiago Pampolha (MDB). O Ministério Público Eleitoral (MPE) aponta irregularidades na campanha de 2022, com despesas de R$ 10 milhões supostamente sem comprovação adequada.

O órgão identificou problemas na contratação de oito empresas, cujos sigilos fiscais foram quebrados por decisão do TRE-RJ.

Ambos negam as acusações. A defesa de Castro apresentou um laudo para mostrar que as empresas contratadas prestaram serviços.

Entre as empresas que estão na mira do MPE está a Cinqloc Empreendimentos. Ela recebeu R$ 4,9 milhões da campanha para fornecer trabalhadores terceirizados e cabos eleitorais.

Até 2021, a responsável pela Cinqloc era Evandreza Henrique, candidata a deputada estadual pelo União Brasil. De acordo com o MPE, existem indícios de que a empresa foi repassada a um laranja durante as eleições.

O órgão também afirma que o quadro societário da Cinqloc incluiu uma empresa ligada a dois ex-secretários de Castro: José Mauro de Farias Jr., ex-titular da Transformação Digital, e Rafael Thompson de Farias, ex-secretário de Governo.

Em dezembro de 2022, o TRE autorizou a quebra de sigilo de seis empresas, o que ampliou as diligências para outras duas, posteriormente. Segundo o MPE, há indícios de que algumas delas não tinham sede física ou estrutura para prestar os serviços contratados.

O Ministério Público alega que a cassação do mandato é necessária, pois os problemas não são “meras falhas formais”, mas “gastos ilícitos de recursos”, com potencial para afetar o pleito de 2022.

Em nota ao jornal O Globo, o governador disse que a defesa “já prestou todos os esclarecimentos, e toda prova apresentada demonstrou que não houve qualquer ilegalidade”.

Já a defesa de Pampolha argumentou que ele entrou na chapa de Castro apenas 20 dias antes da eleição, depois que a Justiça Eleitoral barrou a candidatura de Washington Reis. Dessa maneira, de acordo com os advogados, “não se pode atribuir a ele (…) responsabilidade alguma” em eventuais irregularidades que o TRE-RJ reconheça.

Castro e Pampolha romperam politicamente em março do ano passado. A relação dos dois já estava desgastada, mas o ápice foi quando o vice decidiu sair do União Brasil, partido da coligação de Castro.

Fonte: revistaoeste

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