Na noite de domingo 5, o ex-ministro da Segurança do Panamá , de 64 anos, assumiu a liderança na corrida presidencial do país. O político confirmou o que diziam as pesquisas antes do pleito. Com mais de 98% dos votos apurados na manhã desta segunda-feira, 6, Mulino já tinha 34,35% do total.
Mulino é representante do partido Realizando Metas e surgiu como uma figura central na política panamenha, especialmente depois da desqualificação do ex-presidente Ricardo Martinelli. Aliado do novo chefe do Executivo, Martinelli foi condenado pela Justiça por corrupção.
Nas redes sociais, o presidente já comemorou sua vitória: “Ganhamos! Missão cumprida. Obrigado, Panamá”.
Na apuração dos votos, perto de Mulino, encontrava-se o advogado e ex-cônsul em Washington Ricardo Lombana. De centro-direita, ele conseguiu um porcentual de 24,55%. Logo depois, veio o ex-presidente Martín Torrijos, que obteve 15,8% dos votos.
Marcada pela escolha de mais de 800 cargos públicos, além da Presidência, a eleição deste ano foi uma das mais significativas desde a retomada da democracia no país, há 30 anos.
Este pleito ocorre em um momento crítico para o Panamá, que enfrenta desafios econômicos como uma seca que afetou o Canal do Panamá, essencial para o comércio global, e o fechamento da maior mina do país, depois de protestos ambientais. Esses episódios foram responsáveis por uma retração de 2,5% na projeção do PIB do país para 2024.
Fonte: revistaoeste