A reforma administrativa proposta pelo prefeito do (PE), João Campos (PSB), foi aprovada pela Câmara Municipal da cidade, na última semana. Com isso, a prefeitura passou a contar com 3,5 mil cargos comissionados. O número supera os 3,3 mil do governo de Pernambuco, sob a liderança da governadora Raquel Lyra (PSDB).
Esse tipo de cargo costuma ser utilizado para alocar aliados políticos. Entre as nomeações recentes de Campos estão, por exemplo, figuras como Vinicius Castello (PSB), que concorreu à Prefeitura de Olinda (PE) e perdeu para Mirella Almeida (PSD).
Ana Célia, ex-prefeita de Surubim (PE), foi nomeada secretária-executiva de Planejamento e Articulação Social.
Críticos de João Campos, como Eduardo Inojosa (Novo), suplente de vereador no Recife, expressam preocupação com o aumento de cargos. Ao jornal Folha de S.Paulo, ele destacou um impacto financeiro anual de R$ 69,7 milhões, em razão das nomeações. Ele ainda afirmou que “esses cargos são cabides de emprego, cabides de eleição”.
Inojosa também ressaltou que a proporção de cargos comissionados por habitante no Recife é 636% maior do que no governo estadual. A prefeitura, por sua vez, defende o fato de que a reforma representa menos de 1% da receita corrente líquida do município.
A administração municipal ainda afirma que a nova estrutura busca adequar a máquina pública às demandas da cidade ao promover a expansão de serviços essenciais.
A Prefeitura do Recife afirmou que, de 2021 a 2025, criou mais de 3 mil cargos efetivos por meio de concursos públicos. A administração municipal ainda informou que visa a aumentar a eficiência dos serviços.
Ainda segundo a administração municipal, a reforma tem o objetivo de redimensionar as forças de trabalho para atender plenamente às necessidades crescentes da população.
Fonte: revistaoeste