A primeira-dama, Janja, disse que seu papel no governo vai além das questões burocráticas. Ela proferiu a declaração nesta quarta-feira, 13, em entrevista ao canal CNN Brasil.
“Acho que, quando ligo para um ministro, talvez não seja só a Janja falando”, afirmou a primeira-dama. “Talvez, por exemplo, na questão da cocção limpa, eu esteja sendo a voz de milhares de mulheres. É isso que as pessoas precisam entender.”
Desde o começo do terceiro mandato de Lula, a primeira-dama tem cumprido agendas sem a presença do marido. Em setembro de 2023, Janja representou a Presidência no Estado do Rio Grande do Sul, quando ciclones extratropicais atingiram a região.
Na época, o petista estava em uma viagem internacional. Ao voltar para o Brasil, o chefe do Executivo passou por uma cirurgia no quadril.
Em abril de 2024, mais uma agenda solo de Janja. Ela visitou o para discutir projetos sobre o Fundo Amazônia. O presidente da República estava em Niterói.
A constante presença da primeira-dama em decisões administrativas gera críticas dentro do próprio governo Lula. Sob tutela de Lula, Janja exerce poder de veto em áreas como economia, defesa e publicidade.
A Aliança Global Festival Contra a Fome e a Pobreza, evento que ficou conhecido como “Janjapalooza” por causa do envolvimento da primeira-dama na organização, começa nesta quinta-feira, 14, e vai até o próximo sábado, 16. O festival conta com patrocínio milionário de diversas empresas estatais, como a e a Itaipu Binacional.
O evento vai reunir 30 artistas em três dias. De acordo com a organização do festival, cada cantor vai receber um “cachê simbólico” de R$ 30 mil (cerca de 21 salários mínimos). A festa vai ocorrer na Praça de Mauá, no Rio de Janeiro.
Uma pesquisa do PoderData, feita em março, mostrou que 27% das pessoas classificaram a primeira-dama como “ruim para o Brasil”. Outros 42% disseram que o trabalho dela é “indiferente”. Em menor parte, 20% dos entrevistados disseram que Janja é “boa para o país”.