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Política

Iraci Nagoshi será transferida para prisão domiciliar a partir de 8 de janeiro

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Detida pelos atos em 8 de janeiro de 2023, a professora Iraci Nagoshi, de 71 anos, vai cumprir prisão domiciliar. A decisão foi despachada pelo Alexandre de Moraes, do , nesta segunda-feira, 17. A docente aposentada precisou passar por uma cirurgia no fêmur em março deste ano.

“Diante de todo o exposto (…) substituo a prisão preventiva de Iraci Megumi Nagoshi pela prisão domiciliar a ser cumprida em seu endereço residencial”, escreveu Moraes.

Na decisão, Alexandre de Moraes determinou três medidas cautelares:

  1. uso de tornozeleira eletrônica com fornecimento de um relatório de monitoramento semanal;
  2. proibição de utilização de redes sociais; e
  3. proibição de comunicar-se com os demais envolvidos, por qualquer meio.

Caso descumpra alguma das medidas cautelares, Iraci Nagoshi terá a revogação da prisão domiciliar e decretação de prisão de modo imediato.

Em 4 de março deste ano, o STF condenou Iraci Nagoshi a 14 anos de prisão, com mais 14 réus. Eles foram sentenciados por cinco crimes: abolição violenta do Estado Democrático de , golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa.

No mesmo dia, a professora havia conseguido uma liminar para tirar a tornozeleira eletrônica para realizar uma cirurgia delicada. Na época, ela tinha quebrado o fêmur esquerdo depois de cair no chão.

A tornozeleira eletrônica foi recolocada em Iraci Nagoshi em menos de 24 horas depois da cirurgia, por agentes do Centro de Detenção Provisória de Santo André (SP). Ela soube da apenas no domingo 17. A família preferiu deixá-la descansar alguns dias antes de informá-la da decisão.

Conforme noticiou , A ação ocorreu em 18 Estados e no Distrito Federal. A professora Iraci Nagoshi estava entre os detidos. Desde então, ela está presa em uma penitenciária do Estado de São Paulo.

Moradora de São Caetano do Sul (SP), Iraci é ex-professora de português e diretora aposentada. A idosa ficou oito meses detida na Colmeia, Penitenciária Feminina do Distrito Federal.

Um dia antes do 8 de janeiro, Iraci pegou um ônibus com um grupo de pessoas e viajou a Brasília. Ela achou que a manifestação seria pacífica.

A mulher foi detida no interior do Palácio do Planalto, onde se refugiou das bombas de efeito moral, durante a confusão na dos Três Poderes, naquele dia. Conforme a defesa de Iraci, a ex-docente não cometeu vandalismo.

Segundo a defesa, nas primeiras semanas em que ficou presa, Iraci teve de dividir uma cela pequena com mais de dez pessoas, além de tomar banhos frios e se alimentar mal.

Iraci tem ainda transtornos passivos, diabetes, hipertireoidismo e dislipidemia. Depois de conseguir a liberdade condicional, teve uma paralisia em um dos lados do rosto, que precisou de tratamento.

Fonte: revistaoeste

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