O Fundo Amazônia, criado pelo governo federal para financiar ações de preservação ambiental e combater crimes relacionados ao bioma, destinou apenas 11% dos R$ 643 milhões recebidos em 2024, o que corresponde a R$ 73 milhões. A informação é do g1, com base em dados de transparência do fundo.
Desde sua criação, em 2008, o Fundo Amazônia tem o objetivo de apoiar ações de redução de emissões causadas por desmatamento e degradação florestal. Neste ano, o Brasil enfrenta recordes de queimadas e a maior seca em 44 anos, o que torna os recursos ainda mais necessários.
Veja neste vídeo o “corredor de fumaça” que as queimadas na Amazônia causaram em diversos Estados:
Queimadas na Amazônia fizeram corredor de fumaça que afeta 10 estados
Segundo especialistas, esta é a pior temporada em 17 anos. Só no mês de agosto, mais de 22 mil focos de queimadas foram registrados. pic.twitter.com/ltBvYFSokK
— Advogados de Direita Brasil®️ (@movadvdireitabr) August 21, 2024
Dados mostram que as doações recebidas desde janeiro vieram de países como:
- Noruega (R$ 282,5 milhões);
- Estados Unidos (R$ 256,9 milhões);
- Alemanha (R$ 88,6 milhões);
- e Japão (R$ 14,9 milhões).
Segundo o g1, em 2023, as doações totalizaram R$ 726 milhões, com nove novos projetos aprovados, somando R$ 553 milhões alocados.
De acordo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), nem sempre é possível utilizar as doações ao fundo no mesmo ano em que os recursos chegam ao Brasil, pois os projetos precisam de aprovação antes do repasse.
Os R$ 73 milhões gastos em 2024 foram destinados aos projetos de combate ao desmatamento e às queimadas no Acre. Também, para apoiar a restauração florestal e monitorar o uso e cobertura do solo em todos os biomas. A União Europeia anunciou uma doação de R$ 120 milhões ao fundo, no entanto, esses recursos ainda não chegaram ao país.
Desde sua criação, o Fundo Amazônia arrecadou mais de R$ 4,1 bilhões. Os cinco projetos que mais receberam recursos incluem o Projeto Rumo ao Desmatamento Ilegal Zero no Acre (R$ 21,4 milhões) e o Projeto Dabucury, que fortalece a gestão etnoambiental em terras indígenas na Amazônia (R$ 15,1 milhões).
Fonte: revistaoeste