O Inquérito das Fake News, cujo relator é o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (), teve início em março de 2019. A investigação foi instaurada pelo então presidente da Corte, Dias Toffoli.
O objetivo do inquérito é, segundo o STF, apurar “notícias fraudulentas, denunciações caluniosas, ameaças e infrações” contra a Corte.
Relatado por Alexandre de Moraes, o inquérito ainda está em andamento e abrange figuras como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), deputados, empresários e jornalistas, majoritariamente apoiadores do ex-presidente da República.
Além deles, o (PCO) também virou alvo.
Em nota, o gabinete de Alexandre de Moraes mencionou que, durante o curso dos inquéritos, foram feitas solicitações a diversos órgãos, incluindo o Tribunal Superior Eleitoral (tse). .
Embora não seja possível identificar todos os investigados em razão do sigilo do processo no STF, operações e decisões públicas ao longo dos anos revelaram o histórico da investigação.
O principal investigado é Jair Bolsonaro. O nome do ex-presidente surgiu no inquérito em agosto de 2021, dias depois de um discurso ao vivo com críticas ao sistema eleitoral.
Em fevereiro do mesmo ano, Daniel Silveira, então deputado federal pelo Rio de Janeiro, foi preso em flagrante por Moraes depois de divulgar um vídeo contra o STF. Silveira disse que a Corte não “faz p* nenhuma” e que os 11 ministros do Supremo deveriam ser destituídos.
Em maio de 2020, Moraes ordenou 29 mandados de busca e apreensão contra o jornalista Allan dos Santos, o analista de assuntos internacionais Bernardo Küster, a ex-ativista Sara Winter, empresários como Luciano Hang e Otávio Fakhour e o ex-deputado Roberto Jefferson, entre outros.
O Inquérito das Fake News incluiu pedidos de quebra de sigilo fiscal e bancário de supostos financiadores.
Moraes também mandou que oito deputados federais e estaduais prestassem depoimentos à Polícia Federal no âmbito do Inquérito das Fake News.
Entre eles estavam os deputados federais Beatriz Kicis (PL-DF), Carla Zambelli (PL-SP), Filipe Barros (PL-PR), Cabo Junio Amaral (PL-MG) e Luiz Phillipe Orleans e Bragança (PL-SP). O mesmo ocorreu com o deputado estadual Gil Diniz (PL-SP), o então deputado estadual Douglas Garcia e Silveira.
O PCO se tornou alvo do inquérito antes das eleições de 2022. O partido teve suas redes sociais bloqueadas por Alexandre de Moraes depois de falar em “dissolução do STF” e chamar o ministro de .
O Partido Liberal (PL) também foi afetado. O ex-deputado federal Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, foi intimado a explicar um relatório do PL que questionava o sistema de apuração de votos do TSE, publicado quatro dias antes do primeiro turno de 2022.
- Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente da República;
- Valdemar Costa Neto (PL), presidente nacional do PL;
- Partido da Causa Operária (PCO);
- Beatriz Kicis (PL- DF), deputada federal;
- Carla Zambelli (PL-SP), deputado federal;
- Daniel Silveira, ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro;
- Filipe Barros (PL-PR), deputado federal;
- Cabo Junio do Amaral (PL-MG), deputado federal;
- Luiz Phillipe Orleans e Bragança (PL-SP), deputado federal;
- Douglas Garcia, ex-deputado estadual por são paulo;
- Gil Diniz (PL-SP), deputado estadual por São Paulo;
- Roberto Jefferson, ex-deputado;
- Luciano Hang, empresário, dono das lojas Havan;
- Allan dos Santos, jornalista, sócio do site Terça Livre;
- Sara Winter, ex-ativista;
- Winston Rodrigues Lima, capitão da reserva da Marinha;
- Reynaldo Bianchi Junior, humorista;
- Bernardo Pires Kuster;
- Marcelo Stachin, ativista;
- Edgard Gomes Corona, empresário, dono das redes de academias Bio Ritmo e Smartfit;
- Edson Pires Salomão, assessor do então deputado estadual Douglas Garcia;
- Rodrigo Barbosa Ribeiro, auxiliar parlamentar do então deputado estadual Douglas Garcia;
- Enzo Leonardo Suzi Momenti;
- Eduardo Fabres Portella;
- Paulo Gonçalves Bezerra;
- Marcos Dominguez Bellizia;
- Otavio Fakhoury, empresário; e
- Rafael moreno.
Fonte: revistaoeste