O empresário Marcos Varotti enviou um e-mail para o fundador da XP Investimentos, Guilherme Benchimol, dizendo ter sido “ignorado” e “satirizado” em meio a uma queda livre de seus investimentos.
O cliente afirma ter perdido R$ 18 milhões em aplicações na XP. Varotti integra o rol de investidores que acionarem a XP na devido a prejuízos milionários com operações financeiras.
Os clientes acusam a XP de práticas abusivas que resultaram em enormes perdas de patrimônio, e até em grandes dívidas com a própria corretora. Eles querem que a empresa forneça trocas de mensagens, telefonemas e mais detalhes de transações feitas com a ajuda dos assessores. O pedido foi feito na Justiça, segundo o portal Metrópoles.
Marcos Varotti diz que investiu R$ 8,5 milhões com a XP e que os assessores da empresa fizeram operações não autorizadas de para alavancar investimentos.
É um tipo de movimentação em que a corretora dá crédito ao cliente para ele operar valores mais altos, e assim potencializar o retorno financeiro no futuro. Porém, essa operação infla as taxas de corretagem pagas à empresa e as comissões dos assessores.
Em 2016, Varotti teria percebido que o prejuízo tinha tomado um caminho sem volta. Ele decidiu comunicar o rompimento com a XP diretamente ao fundador da corretora, Benchimol, por meio de um e-mail.
“Na data de hoje fui ‘obrigado’ a realizar as liquidações dos financiamentos ampliados, que eu não reconheço de forma alguma, como já disse por inúmeras vezes”, disse Varotti no início da mensagem.
Ele seguiu dizendo que pagou pelo serviço que não contratou “para não seguir sendo enquadrado indevidamente pela XP e, com isso, seguir perdendo ainda mais” dinheiro com operações que ele chamou de “total má fé”.
A XP Investimentos disse ao portal que “segue rigorosamente a regulação e preza pela absoluta transparência nas condições e prazos dos seus produtos de investimentos”. A também disse que “está alinhada aos mais altos padrões de compliance e de aplicação de suitability”, e que não comenta casos específicos que tramitam na Justiça.
Fonte: revistaoeste