As primeiras notícias sobre boicote foram anunciadas pelo governador Mauro Mendes (União) no ato de retomada das cirurgias eletivas no antigo Pronto-Socorro de Cuiabá. Depois disso, no fim de semana, tanto a UPA do Verdão, quanto a policlínica do Coxipó ficaram sem médicos.
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O caso chegou à delegacia. Tanto a equipe de intervenção, quanto o deputado federal Abílio Brunini (PL) e o vereador Dilemário Alencar (Podemos), registraram boletins de ocorrência contra as empresas responsáveis e também contra algumas pessoas que chegaram às unidades para causar tumulto. O Gabinete de intervenção também fez uma notificação extrajudicial às empresas responsáveis.
Tais denúncias foram entregues formalmente, nesta terça-feira, pela interventora Danielle Carmona, ao presidente da Comissão Permanente de Saúde e Assistência Social (CPSA) do órgão, conselheiro Guilherme Antonio Maluf, e ao coordenador da Comissão Especial que acompanha a intervenção, conselheiro Sérgio Ricardo, nesta terça-feira (18).
De acordo com o conselheiro Guilherme Maluf, as inspeções terão foco na rede secundária, onde estariam havendo mais boicotes. Ele informou que vai a campo apurar essas denúncias e comunicará ao Ministério Público do Estado.
Dentre as denúncias, Danielle afirma que, embora as unidades estejam abastecidas com medicamentos, servidores têm informado aos pacientes que os remédios estão em falta e que precisam ser comprados por familiares. “Precisamos de profissionais capacitados, com boa vontade em atender quem precisa. A união de esforços tem que envolver o estado, os órgãos de controle e os próprios servidores para garantir o atendimento.”
Na ocasião, a interventora apresentou um balanço das ações efetivadas ao longo do primeiro mês do trabalho, que resultou na manutenção de atendimentos e na retomada da realização de cirurgias eletivas.
Para Guilherme Maluf, até o momento, os relatórios entregues pela intervenção apontam para um indicador positivo, como a retomada das cirurgias eletivas, a criação de leitos de UTI pediátrica. “Isso está demonstrado em números. Estes são avanços iniciais, então não há de se falar ainda em interrupção da intervenção. A Comissão ainda vai se reunir e estudar esses números”, disse.
Fonte: leiagora