A aprovou a concessão da medalha do “Mérito Farroupilha” ao líder do , João Pedro Stédile. A honraria é a maior distinção e a cerimônia de entrega está prevista para 16 de dezembro. A oposição planeja cancelar a homenagem.
A medalha foi anteriormente entregue a figuras expressivas da cultura gaúcha, como os cantores Gildinho e Pedro Ortaça. O deputado Adão Pretto Filho (PT-RS) foi quem sugeriu o nome de Stédile.
Contudo, a decisão gerou controvérsias. O deputado estadual Capitão Martim (Republicanos-RS) mobiliza uma iniciativa no parlamento para reverter a homenagem a Stédile.
O Capitão Martim organizou um abaixo-assinado com mais de 25 mil assinaturas para tentar revertê-la. Martim vê a decisão como uma “afronta” aos princípios fundamentais que guiam o Estado do Rio Grande do Sul, em especial o “respeito ao direito à propriedade, à justiça e ao respeito mútuo”.
“A entrega desta distinção a uma personalidade como João Pedro Stedile, líder de um movimento que se utiliza de ocupações ilegais de terra e violência, representa um grave erro”, reforça Capitão Martim. “Essa homenagem precisa ser imediatamente reconsiderada.”
O deputado ressaltou que as ações do MST “desafiam a legalidade e o respeito” ao agronegócio e à propriedade privada, “pilares da economia e do desenvolvimento social do Estado gaúcho”. “Premiar tal movimento é negar os fundamentos sobre os quais o Rio Grande do Sul foi construído”, acrescentou.
O parlamentar observou que a iniciativa vai ao encontro do momento em que as e no Brasil.
Stédile, nascido em Lagoa Vermelha, em dezembro de 1953, é filho de pequenos agricultores. Formado em Economia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, ele ingressou na Secretaria de Agricultura do Estado ainda na faculdade.
Nos anos 1970, participou de ocupações de terra em Nonoai, cruciais para o nascimento do MST. Hoje, lidera o movimento nacionalmente.
O MST foi formalizado em 1984, com Stédile como um de seus principais estrategistas, delineando ações além da luta por terras. O MST passou a focar na organização produtiva nos assentamentos e na promoção da agroecologia.
O MST sempre foi um aliado dos governos petistas e recíproca também é verdadeira. Nos governos de Lula e Dilma Rousseff as invasões de terras dispararam. No ano passado, Stédile integrou a comitiva de Lula em viagem à China para se reunir com o ditador chinês, Xi Jinping.
Fonte: revistaoeste