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Política

Guajajara quer Força Nacional perto dos ianomâmis

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A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, pediu ao Ministério da Justiça nesta quinta-feira, 16, a prorrogação do uso da Força Nacional em 14 terras indígenas, incluindo os territórios dos ianomâmis.

A prorrogação é por mais 180 dias. De acordo com as portarias que autorizam as operações naqueles territórios, a Força Nacional deve ter o da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) ou da Polícia Federal (PF).

No Vale do Javari, por exemplo, a Força Nacional poderá trabalhar apenas até sexta-feira 17. Nas Terras Indígenas Kawahiva do Rio Pardo e Piripkura, em Mato Grosso, a portaria venceu em 5 de fevereiro.

Caso o Ministério da Justiça atenda à solicitação, a Força Nacional poderá atuar em território ianomâmi até dezembro. Atualmente, as portarias valem até meados de junho.

Em 6 de fevereiro, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva deflagrou operações para tentar desmontar o garimpo e retirar os mais de 20 mil garimpeiros que invadiram a região nos anos recentes. De acordo com o petista, há emergência pública nos territórios dos ianomâmis.

O outro lado do drama

A repórter Joice Maffezzolli mostrou, em reportagem publicada na da Revista Oeste, que o drama dos ianomâmis é mais complexo do que pintam setores da velha imprensa. Ex-servidores públicos, representantes de ONGs e lideranças indígenas que conhecem a realidade da área conversaram com a reportagem. Muitos deles, aliás, pediram por medo de represálias dos petistas. Uma conclusão é inequívoca: há muitos ocorrendo naquela faixa de terra demarcada.

Para começar a entender o cenário real da Terra Ianomâmi, é preciso compreender principalmente sua demografia e extensão territorial. É uma área de 9,6 milhões de hectares, entre Roraima e Amazonas. Do outro lado da fronteira, são mais 8,2 milhões de hectares. Do que estamos falando? De uma faixa, só no território brasileiro, do tamanho de . A diferença proporcional é que os ianomâmis somam 30 mil pessoas, e o país europeu tem 11 milhões de habitantes. Metade desses 30 mil indígenas, por exemplo, vive numa reserva isolada, chamada de Parque Nacional Parima Tapirapecó, que fica no país vizinho.

Por causa de diversas barreiras legais para proteger os povos indígenas, faltam dados confiáveis estilo de vida, genética, imunidade e condições sanitárias dos ianomâmis. Sabe-se também que são nômades e caçadores.

Fonte: revistaoeste

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