O grupo jurídico Prerrogativas expulsou, nesta quarta-feira, 3, o advogado Benedito Antonio Dias da Silva. A exclusão ocorre depois de ele criticar a deputada federal pelo Paraná e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.
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A exclusão do advogado do Prerrogativas foi noticiada pelo jornal Folha de S.Paulo. O grupo, que reúne profissionais do meio jurídico ditos “progressistas”, confirmou que a saída de Silva se deu depois de comentários feitos a respeito de Gleisi.
Conhecido como Benê, o advogado manifestou-se no grupo de WhatsApp do Prerrogativas, sobre uma , da Fazenda, concedida ao jornal O Globo.
Na entrevista, Haddad reclamou da atitude do PT sobre a gestão econômica do país. A afirmação do ministro gerou respostas de Gleisi e de Lindbergh Farias. Deputado federal pelo PT do Rio de Janeiro, Lindbergh é namorado de Gleisi.
Em meio à discussão pública entre petistas, Benê criticou Gleisi. O advogado afirmou que as opiniões dela sempre coincidiam com as do namorado — Lindhbergh, no caso —, o que gerou reações das mulheres do grupo. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, Benê teria afirmado que Lindbergh era o “presidente de fato” do PT. Depois de uma “troca de farpas”, ele saiu do grupo.
Criado há dez anos, o Prerrogativas tem histórico de reunir criticas à . O grupo de advogados “progressistas” tem como coordenador Marco Aurélio de Carvalho. De acordo com o portal UOL, ele é filiado ao PT desde que tinha 16 anos.
Advogado do Prerrogativas não é o único problema de Gleisi
Depois da entrevista de Haddad, Gleisi rebateu as falas do ministro. Ela negou que o partido acredita que “está tudo errado” nas decisões tomadas pela área econômica do governo Lula.
Haddad rechaçou o documento aprovado pelo PT que fala em “austericídio fiscal”. Ele não citou diretamente Gleisi. “O meu nome não aparece (no documento)”, disse o ministro. “O que aparece é assim: ‘A inflação caiu, o emprego subiu. Viva Lula!’ E o Haddad é um austericida.”
“Então, ou está tudo errado, ou está tudo certo”, comentou Haddad, a O Globo. “Tem uma questão que precisa ser resolvida, que não sou eu que preciso resolver.”
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A presidente da sigla disse ser um “direito” do PT criticar as decisões que acredita serem equivocadas. No entanto, negou que haja uma oposição interna no partido contra Haddad.
“É um direito do partido e até um dever fazer esses alertas e esse debate, isso não tem nada de oposição ao ministro e nem a ninguém”, disse Gleisi, também ao jornal . “É da nossa tradição.”
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Gleisi negou que o documento aprovado pelo PT, em que destaca a necessidade de o país se libertar do “austericídio fiscal”, seja uma indireta ao ministro e sua gestão da Fazenda.
A presidente do PT acrescentou que Haddad, ao “empenhar negociações com o Congresso sobre a agenda econômica, talvez não tenha tido a ocasião de letrar integralmente a resolução” aprovada pelo partido.
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Fonte: revistaoeste