Os parlamentares estavam tensos quanto à sanção integral desse projeto, uma vez que não tinham garantias de que ele seria sancionado na integra, sem vetos. O próprio líder do governo, deputado estadual Dilmar Dal’Bosco (União), não quis se comprometer com relação a propositura, e não descartou a possibilidade de o Executivo vir a vetar alguns pontos.
O projeto original foi enviado por Mendes no início desta legislatura, e desde então tem causado polêmica e embates no Legislativo de Mato Grosso. Isso porque, a matéria visava proibir que líderes indígenas, quilombolas, entidades de pais e alunos tivessem representatividade no Conselho Estadual de Educação. Com isso, reduzia de 24 para 14 o número de conselheiros.
O fato gerou movimentação de lideranças indígenas, que se posicionaram contra o projeto original. Diante disso, foram apresentados dois substitutivos ao projeto de lei, sendo um de autoria do deputado estadual Dilmar Dal’Bosco (União) e outro do deputado estadual Wilson Santos (PP).
Os parlamentares, contudo, entraram em um consenso e a matéria aprovada em plenário foi o último substitutivo apresentado pelo progressista, que também foi assinado por Dilmar.
Com isso, a Assembleia Legislativa garantiu que o Conselho seja composto por 18 conselheiros, permitindo apenas uma recondução direta.
A representação indicada pelo Sindicato dos Estabelecimentos do Ensino do Estado de Mato Grosso (Sinepe) e dos trabalhadores estabelecimentos de ensino privado também foi garantida, assim como de estudantes e pais.
Outro ponto é de que com a alteração no projeto ficou garantido a obrigatoriedade a convocação para participação nas reuniões de representantes do Conselho Estadual da Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, da Educação Escolar Indígena, do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial do Estado de Mato Grosso, como convidados, quando os assuntos a serem deliberados possuírem correlação com seus respectivos objetos institucionais.
Fonte: leiagora