Dentro do Palácio do Planalto, assessores do presidente (PT) observaram um aumento significativo no discurso de direita nas redes sociais nas últimas semanas. Eles relacionam esse movimento à vitória de nas eleições dos .
Para combater isso, o governo prepara uma “ofensiva digital” e pretende finalizar uma nova licitação para contratar empresas de comunicação digital em breve, afirmou a Globo News.
No Palácio do Planalto, o diagnóstico revela que a Secretaria de Comunicação Social (Secom) não possui pessoal, recursos nem estrutura para competir com a direita. Por isso, a contratação de empresas especializadas tornou-se prioridade.
Planalto prepara ofensiva digital contra extrema-direita. Segundo apuração de @guibalza: governo quer concluir licitação para contratar empresas de comunicação, e o marketeiro Sidônio Palmeira fica cada vez mais próximo de assumir o cargo de Paulo Pimenta na secretaria de… pic.twitter.com/P7bfEP7Ewq
— GloboNews (@GloboNews) December 12, 2024
Uma licitação realizada no meio do ano, com custo estimado em R$ 197 milhões anuais, foi suspensa pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por conta de possíveis irregularidades. Esse problema ainda não foi resolvido.
Durante um evento do na sexta-feira 6, o presidente demonstrou insatisfação com o fato de, em dois anos de governo, a licitação não ter sido concluída. Lula afirmou que o governo precisa melhorar sua comunicação e garantiu que ajustes ocorrerão.
Dentro do Planalto, acredita-se que essa seja uma das principais razões para a provável substituição do ministro da Secom, Paulo Pimenta. A Consultoria Jurídica da Secom analisa a nova licitação e planeja finalizá-la nos próximos meses.
Sidônio Palmeira, publicitário e possível substituto de Pimenta, negocia para assumir um papel no governo. Para aceitar o cargo, ele exige ter controle total sobre as áreas da Secom e a possibilidade de trazer sua equipe de confiança. O marqueteiro, que possui vários negócios na Bahia, também precisaria se afastar de suas atividades empresariais para atuar em Brasília.
De acordo com o g1, fontes do Planalto avaliam que sua entrada no governo é muito provável. Entretanto, os detalhes sobre suas funções ainda precisam ser definidos.
Dentro da Secom, há um consenso de que as dificuldades de comunicação do governo também refletem problemas de coordenação política. O entendimento aponta para a falta de estratégia e organização no núcleo de governo, o que impacta diretamente a eficácia da comunicação. Sidônio compartilha dessa visão e defende a ideia de que política, gestão e comunicação devem atuar de forma integrada.
Outro desafio identificado é a fragmentação dentro da própria Secom. Auxiliares de Lula, como Ricardo Stuckert e José Chrispiniano, possuem relação direta com o presidente ou a primeira-dama, Janja da Silva. A secretária de Estratégia Digital, Brunna Rosa, possui histórico de colaboração com Franklin Martins e também é próxima de Janja. Essa diversidade de relações dificulta a construção de uma estratégia unificada.
Assessores próximos ao presidente destacam que uma comunicação mais eficaz depende também de uma mudança de postura do próprio Lula, que ainda não se adaptou plenamente ao universo digital. Além disso, eles sugerem que o presidente participe mais de entrevistas e pronunciamentos em cadeia nacional. O próprio PT defende essa medida como essencial.
Fonte: revistaoeste