O governo de Luiz Inácio Lula da Silva negocia com o Congresso Nacional a liberação de até R$ 12 milhões a cada parlamentar a fim de assegurar apoio à aprovação de medidas de contenção de gastos. .
Tais emendas podem alcançar os R$ 5 milhões para cada deputado federal e os R$ 12 milhões para cada senador que votar favoravelmente ao pacote. A informação é do jornal .
Estima-se que há uma reserva de R$ 3 bilhões. Desse total, o governo vai disponibilizar dois terços à Câmara dos Deputados e um terço ao Senado.
Esses recursos devem entrar no Orçamento de 2025, com início da liberação previsto para fevereiro. Esse arranjo recebeu o apelido de “peru de Carnaval”, em referência à época do ano em que o governo deve disponibilizar os fundos.
As informações de bastidores dão conta que a decisão dividiu o governo Lula. De um lado, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, manifestou-se contra essa liberação, pois defende uma postura mais firme nas negociações.
Com opinião contrária, Fernando Haddad, da Fazenda, e Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, ouviram o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). O parlamentar destacou o clima de insatisfação no Congresso, que poderia ameaçar a aprovação do pacote.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chegou a afirmar que não haveria garantias de que as medidas teriam a aprovação da Casa. Haddad e Padilha teriam tido a anuência de Lula numa visita que fizeram ao presidente em São Paulo, onde ele foi operado.
Fonte: revistaoeste