Nesta segunda-feira, 2, o ministro das do governo Lula, Mauro Vieira, participou da Conferência Ministerial do Cairo para Aprimorar a Resposta Humanitária em Gaza, organizada pelo governo do Egito e pelas Nações Unidas.
O evento teve como foco o aprimoramento da resposta humanitária à situação em Gaza. Na conferência, os participantes destacaram a urgência para garantir acesso desimpedido à assistência humanitária na região e a necessidade de negociação imediata para um cessar-fogo, conforme comunicado do Itamaraty.
À margem da conferência ministerial sobre Gaza, no Cairo, o Ministro Mauro Vieira manteve encontro com o Primeiro-Ministro e Chanceler da Palestina, Mohammed Mustafa. Discutiram o interesse palestino em diálogo com o BRICS e também com o NDB. @PalestinePMO @pmofa pic.twitter.com/NGxkcBBAoE
— Itamaraty Brasil 🇧🇷 (@ItamaratyGovBr) December 2, 2024
Em seu discurso, Vieira enfatizou que os ataques a populações civis e infraestruturas essenciais constituem “sérias violações ao direito internacional humanitário”.
Ele ainda mencionou medidas cautelares da Corte Internacional de Justiça, de janeiro deste ano. Elas ordenam que Israel facilite o acesso humanitário a Gaza e realize ações para prevenir atos violentos na região.
Além disso, o ministro do governo Lula destacou a assistência humanitária já fornecida pelo Brasil e defendeu a criação de um robusto pacote de apoio internacional. Segundo ele, essa ajuda “não deve ser apenas para ajuda imediata, mas também para a recuperação e reconstrução de hospitais, escolas e infraestruturas básicas, sob liderança palestina”.
Enquanto vice-presidente da Comissão Consultiva da Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras para os Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA), o Brasil reafirmou seu apoio à agência. A nota oficial do Itamaraty classificou o órgão “como um ator fundamental na prestação de assistência humanitária aos refugiados palestinos”.
Vieira reiterou o compromisso do país com a solução dos dois Estados, que prevê “um Estado palestino independente e viável, em convivência pacífica com Israel, dentro das fronteiras de 1967, com a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, e Jerusalém Oriental como sua capital.
O ministro do governo Lula também ressaltou a importância de um esforço conjunto internacional para garantir que a ajuda humanitária chegue aonde ela é mais necessária. O foco seria na recuperação sustentável das regiões afetadas.
Fonte: revistaoeste