Sophia @princesinhamt
Política

Governo Lula planeja usar terrenos militares para construir moradias populares

2024 word1
Grupo do Whatsapp Cuiabá

Um terreno de 62 quilômetros quadrados próximo ao centro de Brasília, fruto de uma doação do ex-presidente Juscelino Kubitschek à Marinha, está no foco de uma disputa entre organizações do governo Luiz Inácio Lula da Silva e as Forças Armadas.

Em outubro, a divulgou um relatório que aponta a “ociosidade” de áreas sob controle militar. O órgão sugere a revisão do espaço em função do crescimento urbano e da demanda por moradia no Distrito Federal.

De acordo com a Folha de S.Paulo, o relatório cita o uso desses terrenos no programa Imóvel da Gente. Essa iniciativa foi lançada neste ano pelo governo federal e mapeia áreas desocupadas para políticas públicas sociais. O documento seguiu para a Secretaria do Patrimônio da União (SPU). Esta disse que enfrenta “desafios político-institucionais” na alienação dessas áreas, que também são cruciais à segurança e à defesa.

A maior área que o governo Lula identificou é um terreno de 6 mil hectares da Marinha que fica perto dos bairros Santa Maria e Gama. O local abriga a Vila Naval Almirante Visconde de Inhaúma, com 216 residências e 500 moradores.

Controladoria-Geral da União apontou que há áreas em poder dos militares que poderia servir para a construção de conjuntos habitacionais
Controladoria-Geral Da União Revelou Que Há Áreas Em Poder Dos Militares Que Poderiam Servir Para A Construção De Conjuntos Habitacionais | Foto: Fernando Frazão/Abr

Além disso, a Estação Rádio da Marinha e uma área de preservação ambiental estão nessa localização. A CGU estima que apenas 5% dessa área está ocupada.

Durante a regularização, em maio, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), destacou a importância dos projetos da Marinha. A CGU menciona a propensão ao desenvolvimento habitacional. O órgão cita uma pesquisa de 2021 do governo do Distrito Federal que identificou um déficit habitacional de 100 mil domicílios na região.

A CGU propõe a permuta de imóveis militares por áreas que atendam às suas necessidades e recomenda que a SPU adote uma postura “mais ativa”. Desde fevereiro de 2024, 20 fóruns foram aconteceram para identificar imóveis ociosos que possam ser destinados ao uso público. A SPU realiza auditorias periódicas para melhorar a gestão desses imóveis.

O Exército respondeu que administra seus imóveis conforme a lei. Também ressaltou que isso “é fundamental para assegurar a mobilidade e a adequação dos seus ativos às mudanças conjunturais”.

Fonte: revistaoeste

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.