O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) decidiu que a embaixadora do Brasil na Venezuela, Glivania de Oliveira, representará o país na posse . O evento está marcado para o próximo dia 10. O ditador preside o país desde 2013, quando substituiu Hugo Chávez, que morreu naquele mesmo ano.
Em julho de 2024, as eleições na Venezuela resultaram na declaração de Maduro como vencedor. No entanto, a oposição alegou que Edmundo González havia vencido e acusou o processo de fraude. O governo brasileiro se absteve de reconhecer os resultados, afirmando que as atas não foram apresentadas, o que gerou tensão diplomática entre Brasília e Caracas.
O governo Maduro criticou Celso Amorim, assessor especial da Presidência da República, acusando a diplomacia brasileira de favorecer interesses americanos. Ainda assim, a presença da embaixadora reflete a intenção do governo Lula de manter um diálogo aberto com o ditador da Venezuela.
A tentativa do governo Lula de articular uma ação conjunta entre Brasil, Colômbia e México para evitar a violência na Venezuela fracassou. A nova presidente do México, Claudia Sheinbaum, anunciou que seu governo também estará presente na posse, mas ainda não definiu se enviará uma missão oficial ou apenas o embaixador.
A , por meio de sua comissão de inquérito, alertou que monitorará o comportamento das autoridades durante os dias prévios à posse. O comunicado destaca que Maduro deve garantir o direito a manifestações pacíficas. Entre agosto e dezembro de 2024, 56 opositores políticos, dez jornalistas e um ativista de direitos humanos foram presos.
Órgãos de direitos humanos, como a Human Rights Watch e a Transparência Internacional Brasil, enviaram uma carta ao governo pedindo que não reconheça o resultado das eleições até que as atas sejam apresentadas e a ONU se pronuncie. “A despeito de fortes indícios de fraudes eleitorais identificados e documentados por observadores internacionais, o presidente Nicolás Maduro avança para assumir seu terceiro mandato”, afirmaram.
Fonte: revistaoeste
