O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), comparou o crime organizado no seu Estado aos grupos terroristas internacionais como o Hamas e o Hezbollah. Em discurso no jantar da 55ª Convenção da Confederação Israelita do Brasil (Conib), em São Paulo, no sábado 23, ele fez um paralelo entre os traficantes e as organizações baseadas no terror.
Castro defendeu que as autoridades brasileiras se inspirem na insistência de em neutralizar grupos que buscam a destruição do país. Naquele mesmo sábado, um tiro atingiu o condomínio onde o governador mora, no Rio. O projétil teria partido de um confronto entre traficantes e milicianos de Rio das Pedras, na zona oeste da cidade.
“Que nós tenhamos a mesma coragem com que Israel tem combatido o terrorismo, porque terrorismo é terrorismo, não adianta, pode ser imprensa, pode ser diplomacia brasileira, pode ser quem quer que seja, nós não vamos achar que terrorista é bonzinho, terrorista não é bonzinho e ele tem que ser duramente combatido.”
Ele considera que ambos representam ameaças semelhantes e graves à sociedade.
“Aquilo que foi nos ensinado pela tradição, pelos nossos pais, pelos antigos, pela nossa fé, pela nossa religião, quem seja ela”, lembrou o governador, ao se referir ao que considera uma inversão de valores. “Hoje tentam dizer que aquilo não é mais o correto.”
Cláudio Castro, no cargo desde 2021, prosseguiu na analogia ao sublinhar que, no Brasil, “o que nós temos primeiro, é praticamente um terrorismo”. O governador destacou que, em um cenário de complacência, o crime organizado foi negligenciado durante anos pelas instituições brasileiras.
Ele se disse preocupado com esta tendência crescente de tratar terroristas e criminosos como “alvos a serem protegidos”. Segundo o governador, tal postura distorce a luta pela justiça e segurança pública.
Na sequência, o governador do também ressaltou que a própria sociedade brasileira pode contribuir para lidar com este problema.
Para tanto, Castro destacou a necessidade uma voz firme contra este tipo de ameaça que se impõe por meio da cultura do medo e da violência.
Ele exaltou que cabe também ao Judiciário e ao Legislativo defenderem os valores adequados para uma convivência civilizada.
“O Brasil, o mundo, os Estados, as cidades, precisam de uma voz que não se cala.”
Fonte: revistaoeste