Segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), as mulheres trabalham cerca de 7,5 horas a mais do que os homens na semana, o que inclui tarefas domésticas e trabalho remunerado. A candidata à deputada federal Gisela Simona (União Brasil) entende que o Estado deve contabilizar pelo menos duas horas de trabalho doméstico por dia no cálculo da aposentadoria feminina.
“Depois de um dia inteiro trabalhando fora, a mulher enfrenta mais uma jornada ao chegar em casa, porque ainda tem que limpar a casa, cozinhar, lavar roupa e ajudar os filhos nas tarefas. Um trabalho pesado, desgastante e, infelizmente, invisível aos olhos da própria sociedade”.
Gisela lembra que esse trabalho invisível realizado pelas mulheres não gera uma contribuição financeira para o regime de previdência, mas gera para a sociedade como um todo e para o próprio Estado.
“Nesse sentido, como o Estado, a sociedade e os contribuintes são os financiadores da previdência, não parece injusto permitir que esse trabalho invisível seja reconhecido exatamente no momento da velhice, quando elas mais precisam”, pontua a candidata.
Para Gisela Simona, que é servidora do Procon-MT há mais de 20 anos, a reforma da previdência teve como um dos objetivos igualar as regras para homens e mulheres, porém isso desconsidera todas as desigualdades que as mulheres ainda vivenciam ao longo da vida e que o trabalho prestado à sociedade deve ser reconhecido.
“Mesmo que a mulher se aposente mais cedo que o homem, esse ‘bônus’ não é ‘dado de graça’ para as mulheres, inclusive esse tempo é bastante inferior ao que lhes caberia pela grande responsabilidade que todas têm com o lar”.
Gisela Simona observa que é costume cultural, na maioria dos lares brasileiros, a dupla jornada da mulher. “Não obstante a desigualdade no mercado de trabalho feminino, as mulheres trabalham em casa, de forma não remunerada, tendo que cumprir todas as atividades antes de poder descansar para o dia seguinte”, ressalta.
“A responsabilidade feminina pelo trabalho de cuidado ainda continua impedindo que muitas mulheres entrem no mercado de trabalho e, ao mesmo tempo, aquelas que entram no mercado continuam respondendo pelas tarefas de cuidado, tarefas domésticas. Isso faz com que tenhamos dupla jornada e sobrecarga de trabalho”, contextualiza Gisela Simona.
Sobre Gisela Simona
Gisela obteve 50.682 votos para deputada federal em 2018 e 52.191 votos para prefeita de Cuiabá em 2020. Busca a eleição para a Câmara dos Deputados nestas eleições de 2022 pelo União Brasil com 40 propostas para Mato Grosso divididas em sete eixos: defesa dos direitos do consumidor e contribuinte, valorização das mulheres, defesa e valorização dos serviços públicos, saúde pública de verdade, geração de emprego e renda, proteção socioambiental e a causa animal.