O ministro do Gilmar Mendes voltou a criticar a , o ex-juiz e senador Sergio Moro (União-PR), o ex-procurador Deltan Dallagnol e a cidade de Curitiba. A fala ocorreu durante sua homenagem como cidadão honorário de Brasília, na Câmara Legislativa do Distrito Federal, nesta segunda-feira, 2.
Mendes afirmou que a capital paranaense adquiriu má reputação em razão das ações de Moro e Dallagnol, no âmbito da força-tarefa da Justiça. Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, em maio de 2023, o ministro do STF afirmou que Curitiba “tem o germe do fascismo e gerou Bolsonaro”.
Na fala desta semana, Mendes rememorou sua visita à capital paranaense em 1978, no 7° Congresso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Segundo ele, por lá, houve a discussão de temas como a restauração do habeas corpus e a anistia, “porque não haveria abertura se não tivesse garantias sobre o Estado de defesa e de emergência”.
— Ein Prosit (@brejarada) December 3, 2024
“Não é a Curitiba que ficou mal-afamada por conta desses episódios de Moro, Dallagnol e companhia”, disse o ministro do STF. “Era a Curitiba que trilhava senhas para um outro Brasil, que trilhamos, e que foi extremamente importante.”
O deputado responsável pela homenagem a Gilmar Mendes é Ricardo Vale (PT-DF). Ele também criticou a Lava Jato no evento.
Vale destacou que Mendes foi uma das primeiras vozes no Judiciário a se opor aos métodos da operação, que, segundo ele, desviou o foco da mídia nacional para Curitiba e criou um “Código de Processo Penal próprio”. O parlamentar mencionou, ainda, que o ministro foi um dos primeiros a afirmar que Luiz Inácio Lula da Silva não teve um julgamento justo.
Lula foi preso em abril de 2018, depois de ser condenado no caso do triplex do Guarujá, por ordem de Moro. Já preso, foi novamente considerado culpado no caso do sítio de Atibaia.
Em novembro de 2019, o STF decidiu que réus só podem ir à prisão depois do trânsito em julgado dos processos. O entendimento resultou na soltura de Lula. Em 2021, a Corte considerou Moro parcial nos julgamentos do então ex-presidente e transferiu os processos para a Justiça Federal do Distrito Federal, onde ocorreram as prescrições.
Fonte: revistaoeste