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Política

Galvan seria dono de pista de pouso clandestina em fazenda de Mato Grosso

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Reportagem do jornalista Tácio Lorran, do Metrópoles, aponta que o presidente  licenciado da Aprosoja Brasil, o candidato ao Senado Antonio Galvan (PTB), é  dono de aeródromo clandestino que fica em uma fazenda alvo de desmatamento ilegal. Ainda segundo a matéria, a pista de pouso tem cerca de 1,1 mil metros de comprimento e está localizada na fazenda Dacar, próximo ao município de Vera (374 Km de Cuiabá).

De acordo com o site, o aeródromo é considerado clandestino, uma vez que não consta na base de dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

O órgão informou também que não há processo de inscrição cadastral para a pista de pouso. A existência do aeródromo, no entanto, foi confirmada pelo Metrópoles por meio de imagens de satélite.

Em 2004, Galvan foi flagrado ao desmatar ilegalmente cerca de 500 hectares de vegetação nativa no local. Em maio deste ano, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) lavrou uma multa de R$ 1,5 milhão contra Galvan por fazer funcionar a pista de pouso para operação com agrotóxicos “sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes”.

Conforme a reportagem, o Ibama solicitou a Galvan a apresentação da licença de operação e a autorização da Anac para o aeródromo. O candidato, contudo, não respondeu à demanda.

“Não houve o atendimento da notificação e consultamos o sistema Simlam/Sema-MT, onde consultamos se havia algum procedimento em andamento de licenciamento ambiental do aeródromo particular na Fazenda Dacar. Como não encontramos nenhum processo em andamento ou emissão de licenças procedemos a lavratura de termos próprios da fiscalização em nome do proprietário da Fazenda Dacar”, diz relatório do Ibama obtido com exclusividade pelo portal.

Fiscais do Ibama estiveram na fazenda em abril deste ano, durante a operação Ceres-MT I. Na ocasião, eles registraram a presença de uma aeronave na pista. O avião, fabricado pela Embraer, consta no nome de Galvan, apurou o Metrópoles. Ele comprou a aeronave em 2020. Mesmo assim, a omitiu na declaração de bens apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) neste ano.

A reportagem não conseguiu contato com ele.

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