“Minha recomendação é: lava-se a roupa suja dentro de casa, fora de casa você discute. Ainda mais numa eleição de dois turnos, tem que ter habilidade de poder conquistar os parceiros para o primeiro turno, de olho já no segundo turno. É assim que se ganha uma eleição, dificilmente teremos definição no primeiro turno”, declarou Fagundes, demonstrando toda sua leitura política para a disputa na capital, diante de seu longo histórico na política.
Fagundes até chegou a brincar sobre a possibilidade de o PL ter uma chapa pura com os dois, mas sabendo que seria algo inviável, já que ambos estão em lados antagônicos. Uma vez que Abílio é crítico e opositor ferrenho do prefeito Emanuel Pinheiro (MBD), enquanto Chico é aliado de primeira hora do gestor emedebista.
Como deputado federal, Abilio tem se aproximado da Executiva Nacional para garantir apoio a sua candidatura para prefeitura de cuiabá, já tendo respaldo do presidente da legenda, Waldemar da Costa Neto. Enquanto isso, Chico declarou esta semana seu interesse na disputa, mas ao que tudo indica não teria sequer avisado a direção estadual do partido sobre a pretensão, o que acabou irritando Fagundes, que é conhecido também pelo seu jeito pacificador e articulador na política.
Fagundes já havia até revelado que Abilio vem articulando os apoios e teria pedido, oficialmente, o apoio do governador Mauro Mendes (União) para a disputa, mas não teria conseguido uma garantia, já que o partido do chefe do Estado possui dois pré-candidatos: Fabio Garcia e Eduardo Botelho.
Abilio chegou a comentar sobre o interesse de Chico, alegando que é legítimo que ele pleiteie a candidatura, mas analisou que isso demonstra um racha no grupo de Emanuel, já que nenhum dos aliados teria declarado apoio ao vice-prefeito José Roberto Stopa (PV).
Fonte: leiagora