, ex-primeira-dama da Argentina, acusou seu ex-marido Alberto Fernández de obrigá-la a praticar um aborto. Ela fez a denúncia nesta segunda-feira, 12, em um tribunal na cidade de Madri, na Espanha.
Alberto Fernández governou a Argentina de 2019 e 2023. Ao tentar a reeleição, terminou derrotado por Javier Milei.
Durante a audiência, a ex-primeira-dama acrescentou que o ex-presidente a pressionava para interromper a gravidez. “Ele dizia não estar preparado para ser pai”, contou.
Conforme Yañes explicou às autoridades, o aborto ocorreu no começo de seu relacionamento com o ex-presidente, entre o fim de 2015 e o início de 2016, quando ainda não haviam assumido um compromisso mais sério.
A ex-primeira-dama foi objetiva ao definir seu drama como um processo de . Juridicamente, “violência reprodutiva” é uma forma de limitar ou coagir uma pessoa em relação à sua capacidade reprodutiva.
Esse tipo de violência, segundo a lei, afeta a autonomia da vítima em torno de decisões fundamentais como ter ou não filhos.
Em seu depoimento, Yañes revelou que Fernandéz teve uma reação agressiva quando soube que ela engravidou pela primeira vez. “Temos de resolver isso”, disse o ex-presidente. “Você tem de abortar.”
A ex-mulher do presidente argentino acrescentou que, durante uma segunda gravidez, sofreu chutes no estômago. A fala chamou a atenção da Justiça, que, assim, passou a desconfiar de um segundo aborto, em 2021, quando o casal morava na Quinta de Olivos, residência oficial da Presidência.
Yañes afirmou, ainda, que era vítima de um relacionamento tóxico. Segundo ela, Alberto Fernández era controlador.
Ao jornal argentino La Nacion, a ex-primeira-dama revelou que era obrigada a enviar mensagens ao então marido a cada três minutos. “Parei de sair e frequentar amizades, exceto com quem me reunia para jantar em minha casa”, contou, explicando que, assim, ele poderia controlar a situação.
Fonte: revistaoeste