O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), enfrenta acusações de violência doméstica na Comissão Interamericana de direitos humanos, em Washington (EUA).
As denúncias partiram da sua ex-mulher, Jullyene Cristine Santos Lins, e incluem alegações de violência doméstica e violações de direitos humanos, informou nesta sexta-feira, 25, o portal UOL.
Ela recorreu à comissão internacional depois de ver arquivadas pela justiça do Brasil as denúncias que fez contra Lira.
Jullyene espera que a investigação seja encaminhada à Corte Interamericana, cujo tribunal tem reconhecimento do Brasil. O relacionamento do casal começou em 1997, e eles passaram a viver juntos em 1998. A união terminou em 2006, ano das supostas agressões.
As acusações contra Lira abrangem agressões físicas e psicológicas, ameaças de morte, controle financeiro e psicológico, além de interferência em processos judiciais. Jullyene afirma que sofreu retaliações depois de denuncia o ex-marido.
Veja neste vídeo, de 2023, o que diz a ex-mulher de Lira sobre os supostos crimes do parlamentar. Jullyene deixa um recado ao presidente da Câmara: “Arthur, se quiser me calar, vai ter que ser para sempre; e eu não tenho medo de você, eu vou à luta”.
A assessoria de Arthur Lira declarou que ele não vai comentar o caso. Nos bastidores, Lira costuma afirmar que as acusações são reeditadas por Jullyene em períodos eleitorais. Em 2015, o Supremo Tribunal Federal absolveu Lira. A Corte alegou falta de provas e prescrição dos crimes.
A petição que a suposta vítima apresentou à Comissão Interamericana é contra o Estado brasileiro. Ela solicita às autoridades que atuem para protegê-la e criem mecanismos de apoio a mulheres vítimas de violência. A advogada de Jullyene também pede à União uma indenização no valor de R$ 1 milhão.
De acordo com informações do portal UOL, o documento da denúncia inclui mais de 140 páginas. Ele contém laudos médicos e depoimentos de testemunhas. A acusação é que Lira usou sua posição política para intimidar Jullyene e obstruir seu acesso à Justiça.
A defesa salienta que o Ministério de Direitos Humanos falhou ao não incluir Jullyene no programa de proteção à testemunha.
Fonte: revistaoeste