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Política

Especialista afirma: Lula não ofendeu a ‘extrema direita’, mas sim ‘Israel e 16 milhões de judeus’ no mundo

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André Lajst, especialista em Oriente Médio, disse que as últimas declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não foram um ataque contra a “extrema direita” de Israel, mas sim ao “Estado de Israel” e aos “16 milhões de judeus do mundo”.

No final da semana, o presidente petista classificou a defesa de Israel contra o grupo terrorista — que invadiu o país em 7 de outubro e começou uma guerra com o assassinato 1,2 mil pessoas — de “genocídio” do povo palestino.

Lula comparou a reação israelense ao Holocausto, o maior genocídio da história, que vitimou 6 milhões de judeus a mando de Adolf Hitler, que governava a Alemanha Nazista.

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“Ignora Que O Brasil Não É Mais Governado Por Um Fascista Como Ele”, Disse Gleisi Sobre Netanyahu | Foto: Zeca Ribeiro/Câmara Dos Deputados

“O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico”, disse Lula. “Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus.”

Líderes judeus brasileiros como Lajst, que é presidente-executivo do braço brasileiro do , organização que combate o antissemitismo em todo o mundo, rechaçaram as acusações.

“A Judaica no Brasil é a segunda mais importante da América Latina, atrás da Argentina e à frente do México, com 120 mil judeus entre os 204 milhões de brasileiros, ou seja, 0,06% da população”, ressalta a Confederação Israelita do Brasil (Conib).

Líderes petistas como Gleisi Hoffmann, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), afirmaram que Lula criticou a “extrema direita de Israel” e o “governo fascista” do primeiro-ministro , mas Lajst rebateu os argumentos.

“O que ele [Lula] falou não foi contra o , foi contra o Estado de Israel”, disse Lajst em um vídeo publicado na última quarta-, 19, em suas redes sociais. “Foi contra as pessoas que vivem em Israel. E também contra 15, 16 milhões de judeus do mundo.”

O cientista político judeu gravou o vídeo direto de Israel, e disse que “diferentemente das justificativas que muitos têm tentado dar, a fala de Lula comparando Israel a Hitler não foi uma ofensa direcionada apenas ao atual governo israelense”.

“Em Israel, o pronunciamento foi condenado por amplos espectros políticos da sociedade”, disse Lajst. “Inclusive pela oposição, até pelos partidos de esquerda e de extrema esquerda.” 

Fonte: revistaoeste

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