Faltando dois anos para as eleições municipais, alguns nomes começam a ser citados para disputar a sucessão do atual prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB). Dentre eles, o atual vice-prefeito, José Roberto Stopa (PV), e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (União), são apontados pelo próprio prefeito como bons quadros para sucedê-lo.
Stopa, que também exerce o cargo de Secretário de Obras Públicas, é mencionado por Emanuel como um grande nome para disputar a eleição, mas o prefeito diz que ainda tem tempo, porém, ele garante que o futuro prefeito sairá de seu grupo político. Em sua fala, pode-se admitir que a primeira-dama da Capital, Márcia Pinheiro, que disputou a eleição para o Governo do Estado contra Mauro Mendes (União), e também pertence ao PV de Stopa, também pode sair candidata.
“Temos muitos nomes bons e o Stopa que se destaca, agora vamos dar tempo ao tempo. Vamos ver o trabalho, vamos ver os nomes que surgem, mas não tenho dúvida nenhuma que do nosso grupo sairá o nome fortíssimo que irá liderar o processo e será o próximo prefeito da Capital, ou prefeita”, disse Emanuel em entrevista nessa quinta-feira (20), não descantando que uma mulher pode sair como candidata à prefeitura, o que poderia viabilizar o nome da primeira-dama, que saiu das eleições com quase 300 mil votos.
Em favor de Stopa tem a posição do deputado federal reeleito Emanuelzinho (MDB), que é filho do prefeito, e que já apontou o nome do atual vice como o preferido do grupo político de Emanuel.
“O grupo político do prefeito Emanuel Pinheiro tem uma simpatia muito grande pelo vice-prefeito Stopa. É um homem que é servidor da Educação de carreira, que já foi secretário de várias pastas dentro da prefeitura, não só da gestão do prefeito Emanuel Pinheiro, mas também do prefeito Mauro Mendes e na gestão do prefeito Roberto França”, disse Emanuelzinho, em recente entrevista à imprensa.
Botelho
Em relação ao deputado estadual Eduardo Botelho, Emanuel já declarou que ele tem sua simpatia. O que pesa contra Botelho para ter o apoio de Emanuel é que o presidente da Assembleia pertence ao grupo político do governador Mauro Mendes. Mas Emanuel já disse que dificilmente o comandante da ALMT terá o apoio do governador, que teria outro nome para apoiar na disputa à prefeitura em 2024.
“Tem um peso, é um grande nome, presidente da Assembleia Legislativa. Já teve comigo, já comunicou o seu desejo, o seu sonho de ser prefeito da Capital […]. Mas ele tem que trabalhar [sua candidatura]. Falei: como é que você vai ficar no União Brasil, pelo que fiquei sabendo, pelo que eu sei, você não é o candidato do governador e você não vai ter janela partidária como deputado em 2024”, disse Emanuel a Eduardo Botelho.
Segundo Emanuel Pinheiro, Eduardo Botelho disse que está fazendo suas “articulações internas e estará bem melhor nas pesquisas” e que gostaria de saber se teria a simpatia de Emanuel Pinheiro, para uma eventual candidatura.
“Tem [a minha simpatia]. Você, além de tudo é meu amigo e é um grande nome, pedala aí, trabalha porque vai nivelar por cima”, respondeu Emanuel a Botelho, destacando que quem o suceder terá uma difícil missão, pois vai pegar uma cidade “arredondada” e o nível deve ser mantido.
“Eu falei: Botelho, depois de Emanuel Pinheiro, qualquer um quer ser prefeito de Cuiabá. Emanuel Pinheiro nivelou Cuiabá por cima, arredondou a cidade, fez a cidade bombar de obras, ações, projetos, programas em todas as regiões da cidade, em todas as áreas da gestão. Cuiabá mudou, está mudando e vai mudar muito mais ainda nos próximos dois anos. Então, é natural que você queira ser candidato a prefeito, porque suceder a Emanuel Pinheiro vai ser difícil para manter o nível, continuar nivelando por cima Cuiabá. Mas vai ser muito bom o político pegar Cuiabá, após um gestor tão apaixonado e dedicado a Cuiabá como eu”, disse Emanuel, enaltecendo a sua gestão.
“Não chegou o momento”
Em entrevista a jornalistas nessa quinta-feira (20), embora não tenha negado que tenha interesse em disputar a prefeitura de Cuiabá, Botelho disse que ainda não chegou o momento para discutir uma possível candidatura.
“Não estamos conversando sobre isso. A eleição nem acabou ainda, tem segundo turno, tem a posse do novo mandato, não estamos falando sobre isso. Vontade é uma coisa, agora, acontecer, é outra. Vamos esperar o tempo, ter calma, esperar acontecer. Não é porque eu tenho vontade que vou sair atrás de todo o mundo. Não é hora disso, é hora de trabalhar e nós estamos trabalhando”, afirmou.
