O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), viajou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Oriente Médio, nesta segunda-feira, 27. A comitiva brasileira partiu às 14 horas.
A viagem pode atrasar votações de projetos que aumentam a arrecadação do governo federal. O chefe do Executivo e o presidente do Senado devem visitar a Arábia Saudita, o Catar e os Emirados Árabes Unidos, onde ocorre a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP 28).
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O objetivo da viagem é trazer investimentos de países árabes para o país. O Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC) depende de recursos externos, e as obras devem ter início no próximo ano.
Pacheco deve acompanhar Lula na COP 28, como última visita internacional da comitiva, que será realizada em Dubai. O Brasil pretende discutir a transição energética e se colocar como um dos principais protagonistas nesse assunto.
Viagem de Lula e Pacheco pode atrasar votações no Senado
A viagem do presidente do Senado pode atrasar as votações de projetos na Casa Alta. Na semana passada, por exemplo, Pacheco chegou a declarar que não haveria mudanças na agenda da Casa. A expectativa é que sua volta ocorra apenas na segunda-feira 4.
A principal pauta que pode ser afetada é a votação sobre a tributação de offshores (empresas no exterior que investem no mercado financeiro) e sobre apostas esportivas, que podem acrescentar cerca de R$ 8 bilhões por ano ao Tesouro Nacional.
Outro assunto que estava previsto para ser discutido nesta semana é o projeto de lei (PL) dos defensivos agrícolas, que flexibiliza o uso desses produtos em plantações, para combater possíveis pragas.
A confirmação das indicações do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para o Supremo Tribunal Federal (STF), e do subprocurador eleitoral interino Paulo Gonet, para a Procuradoria-Geral da República (PGR), também podem atrapalhar a agenda da Casa.
O que são offshores?
Offshores são empresas legalmente registradas em países ou territórios que oferecem condições mais interessantes para os empreendedores, como tributação, fiscalização e regulação.
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De acordo com a plataforma InvestNews, uma offshore pode ser criada para “planejamento tributário, proteção de ativos, confidencialidade nos negócios internacionais, diversificação de investimentos e acesso a mercados globais”.
Fonte: revistaoeste