O bilionário Elon Musk voltou a interpelar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). No início da noite deste sábado, 6, , o dono do Twitter/X quis saber a razão de a Justiça do Brasil ter determinado o bloqueio de perfis populares no país.
“Por que você está fazendo isso, Alexandre de Moraes?”, indagou Elon Musk, referindo-se à decisão da Justiça.
De acordo com o Twitter/X, . “Não sabemos os motivos pelos quais essas ordens foram emitidas”, alegou a empresa, em nota, ao acrescentar que está proibida de informar qual tribunal ou juiz emitiu a ordem. Chama atenção, portanto, o fato de a publicação de Elon Musk mencionar diretamente Alexandre de Moraes.
A plataforma comunicou que a determinação judicial a impede de revelar quais perfis foram afetados. “Somos ameaçados com multas diárias se não cumprirmos a ordem”, justificou. “Não acreditamos que tais ordens estejam de acordo com o Marco Civil da Internet ou com a Constituição Federal do Brasil e contestaremos legalmente as ordens no que for possível.”
No fim da nota, o Twitter/X afirma que “o povo brasileiro, independentemente de suas crenças políticas, tem direito à liberdade de expressão, ao devido processo legal e à transparência por parte de suas próprias autoridades”.
Mais cedo, os usuários que acessaram o Twitter/X depararam com uma cena inusitada: Elon Musk interpelou Alexandre de Moraes sobre a escalada de autoritarismo no país.
“Por que você está determinando tanta censura no Brasil?”, perguntou Elon Musk, no tuíte em que o magistrado parabeniza Ricardo Lewandowski por sua chegada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. A publicação de Alexandre de Moraes é de 11 de janeiro deste ano, quase três meses antes da pergunta do bilionário sul-africano.
As indagações de Elon Musk ocorrem dias depois da divulgação do Twitter Files Brasil, revelados pelo jornalista norte-americano Michael Shellenberger.
Ao apresentar o tema aos internautas do Twitter/X, Shellenberger avisa que Moraes e o Tribunal Superior Eleitoral foram responsáveis por ilegalidades e restringiram a liberdade de expressão no país.
Violação de dados particulares de usuários e tentativa de usar políticas de moderação de conteúdo contra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro são outras alegações levantadas pelo jornalista.
Fonte: revistaoeste