O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) foi recebido em Washington por aliados do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. No sábado, 18, ele participou de eventos com o alto escalão do Partido Republicano, às vésperas da posse do novo líder.
Questionado sobre a ausência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi impedido de deixar o Brasil, ele comparou o país com a ditadura da Venezuela.
“A gente está vendo a mesma ‘lawfare‘ que o Trump enfrentou aqui”, afirmou Eduardo Bolsonaro ao jornal Folha de S.Paulo. O termo em inglês significa “guerra jurídica”.
“O Brasil está virando uma piada”, acrescentou. “Não demora muito as autoridades brasileiras terão o mesmo crédito das autoridades venezuelanas fora do país.”
Convidado para a cerimônia de posse de Trump, Bolsonaro pediu autorização para viajar aos Estados Unidos na segunda-feira 20. O ministro do Alexandre de Moraes, no entanto, negou a devolução do passaporte do ex-presidente.
Na decisão, o magistrado citou “risco de fuga” por parte de Bolsonaro. Disse, ainda, que a defesa não comprovou que Trump de fato convidou o ex-presidente para a posse.
Eduardo Bolsonaro foi um dos organizadores de uma comitiva de deputados brasileiros que viajou aos Estados Unidos para as celebrações. Ao todo, pelo menos 20 nomes da direita foram ao país, incluindo Bia Kicis (PL-DF) e Carla Zambelli (PL-SP). Todos os parlamentares custearam a viagem por meios próprios.
No sábado, Eduardo Bolsonaro participou de vários eventos relacionados à posse do republicano, incluindo um jantar oferecido pelo vice-presidente eleito J.D. Vance.
Na ocasião, o deputado esteve com alguns dos nomeados de Trump para o gabinete, como Marco Rubio (Departamento de Estado), Robert F. Kennedy Jr. (Saúde) e Vivek Ramaswamy (Eficiência Governamental). O encontro também contou com a presença do fundador da Meta, Mark Zuckerberg.
Outro evento importante no qual Eduardo esteve presente foi o Hispanic Ball, um baile de gala em homenagem à comunidade latino-americana e espanhola nos EUA. O evento celebrou o presidente argentino, Javier Milei. Estiveram presentes o ex-líder opositor venezuelano, Juan Guaidó, e Santiago Abascal, do Vox.
Trump foi representado por seu filho Donald Trump Jr., que ao descer do palco trocou apertos de mão e abraçou Eduardo Bolsonaro. Segundo a Folha, o deputado brasileiro passou algum tempo tirando fotos com os outros convidados.
“A gente está aqui pela proximidade, pela amizade com o Trump e a família dele, há uma convergência natural de ideias”, disse Eduardo ao jornal. “Novos tempos virão depois de 20 de janeiro.”
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro chegou aos EUA por volta das 22h e, por isso, não compareceu ao baile. Ainda no Aeroporto de Washington, ela afirmou à Folha sentir-se triste por seu marido não poder comparecer ao evento. Ela reiterou que o ex-presidente está sendo perseguido pela Justiça brasileira.
Fonte: revistaoeste
