A vereadora Edna Samapio (PT) afirmou que o vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos) foi privilegiado pela Comissão de Ética. A parlamentar criticou o adiamento da sessão extraordinária que votaria a cassação do mandato do colega, que é réu por matar o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, com tiros pelas costas.
Edna, que é autora da representação, afirmou que Paccola foi protegido pela Câmara de Cuiabá por ser candidato a deputado estadual.
“Ele fez da Comissão de Ética uma verdadeira palhaçada porque se recusou a fazer sua própria defesa, retardou o andamento dos trabalhos, foi privilegiado e teve acesso a todos os procedimentos, inclusive com os recebidos dele. Talvez isso seja para proteger o Paccola, que é candidato a deputado estadual”, disse.
De acordo com o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o vereador Chico 2000 (PL), a votação que decidira a perda do mandado do parlamentar foi adiada porque deveria ter notificado Paccola após a conclusão do relatório que pede a sua cassação por quebra de decoro.
O prazo para que Paccola conheça o processo termina na sexta-feira (30). A tendência é que a Mesa Diretora marque uma sessão extraordinária para a próxima semana.
“O vereador foi notificado de todos os procedimentos que foram tomados pela Comissão e agiu com extremo rigor . O vereador Paccola não apenas assassinou covardemente o Alexandre pelas costas, como também desprezou essa Casa”, finalizou.