O ex-governador de São Paulo aliou-se ao bilionário indonésio Jackson Widjaja para obter o controle da empresa . Assim, o ex-político estabelece uma disputa frontal contra os irmãos , que também almejam o controle da gigante do setor de celulose.
Conforme o site Uol, Doria já se encontrou pessoalmente com Widjaja, que tem origem chinesa. O objetivo, primeiramente, é intermediar uma conversa entre o empresário e Wesley em busca de um acordo.
A disputa entre a J&F, holding controlada pelos Batista, e a Paper Excellence, que pertence a Widjaja, ocorre desde 2017. Naquele ano, o bilionário sino-indonésio adquiriu o controle da Eldorado por R$ 15 bilhões.
A transação não se concretizou e abriu espaço para uma batalha jurídica que envolve algumas das maiores bancas de advocacia do país e também os dois maiores fóruns de relacionamento empresarial: o Lide e o esfera Brasil.
Fundador do Lide, grupo de líderes empresariais, Doria utiliza sua influência para apresentar os executivos da Paper a figuras importantes no mundo político.
Ele já facilitou, por exemplo, uma conversa entre o ceo da Paper no Brasil, Claudio Cotrim, e um ministro do Tribunal de Contas da União para tentar reverter um movimento de bastidores dos irmãos Batista que poderia ser prejudicial às intenções de seus parceiros.
A aproximação entre Widjaja e Doria é uma maneira de a Paper Excellence tentar contrabalançar a afinidade entre os irmãos Batista e João Camargo, presidente do conselho do Esfera Brasil e presidente executivo do conselho de administração da CNN Brasil.
As empresas dos irmãos Batista estão hoje entre os maiores patrocinadores do Esfera e participam de praticamente todos os eventos do grupo. Um dos objetivos seria, principalmente, melhorar a reputação da J&F depois da delação premiada, em 2017, em decorrência da Operação Lava Jato.
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O Esfera ganhou espaço e influência enquanto Doria se dedicava à política. O grupo cresceu ainda mais a partir do governo Lula. Recentemente, a empresa promoveu um fórum em Roma com patrocínio da J&F e a presença de ministros do governo e do Supremo Tribunal Federal.
Fonte: revistaoeste