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Política

Dívida do Rio Grande do Sul atinge R$ 100 bilhões antes da tragédia: Entenda o cenário financeiro do estado

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Ao longo de quase cinco décadas, o acumulou uma dívida próxima de R$ 100 bilhões, recentemente agravada pelas inundações devastadoras decorrentes de intensas chuvas. As informações foram divulgadas pelo jornal Gazeta do Povo, nesta sexta-feira, 10.

Desde 2022, o Estado adotou o regime de recuperação fiscal e figura entre os mais endividados do país. O Rio Grande do Sul recebe a classificação mais baixa (D) pelo Tesouro Nacional em relação à sua capacidade de (Capag).

As políticas fiscais ao longo dos anos, marcadas por déficits contínuos, recorreram ao endividamento por meio de operações de crédito e emissões de títulos públicos. A dívida pública do Estado atingiu R$ 93,6 bilhões no fim de 2022.

O Rio Grande do Sul deve alcançar R$ 102 bilhões em dívidas em breve. Esse valor faz com que a dívida líquida consolidada gaúcha ultrapasse o limite de alerta estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal em relação à receita corrente líquida.

De acordo com a Gazeta do Povo, o crescimento econômico limitado e os altos custos com o funcionalismo são as principais causas da crise fiscal do Estado. O aumento das despesas com pessoal superou o crescimento das receitas correntes, o que compromete a sustentabilidade fiscal.

A folha de pagamento inclui um número excessivo de servidores e benefícios acumulados ao longo dos anos. Isso teria contribuído para um déficit previdenciário anual superior a R$ 10 bilhões.

Desmatamento enchentes Rio Grande do Sul
Desmatamento contribuiu para as enchentes no Rio Grande do Sul | Foto: Reprodução/FAB
A Defesa Civil do Estado do Rio Grande do Sul afirma que estas iniciativas são parte de um esforço mais abrangente para prover assistência rápida às populações impactadas pelas inundações
A Defesa Civil do Estado do Rio Grande do Sul afirma que estas iniciativas são parte de um esforço mais abrangente para prover assistência rápida às populações impactadas pelas inundações | Foto: Reprodução/Twitter/X
Eldorado do Sul é uma das cidades mais atingidas pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul | Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini
Eldorado do Sul é uma das cidades mais atingidas pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul | Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini
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Pessoas são resgatadas após enchentes em Canoas, Rio Grande do Sul, Brasil (5/5/2024) | Foto: REUTERS/Amanda Perobelli
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Pessoas são resgatadas após enchentes em Canoas, Rio Grande do Sul, Brasil (5/5/2024) | Foto: REUTERS/Amanda Perobelli
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Vista de drone mostra barco com voluntários em busca de pessoas isoladas em casas no bairro alagado de Mathias Velho, em Canoas, Rio Grande do Sul, Brasil (5/5/2024) | Foto: Reuters/Amanda Perobelli
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Vista aérea da capital Porto Alegre inundada, no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil (5/5/2024) | Foto: Reuters/Renan Mattos
Imagem mostra ginásio que foi feito de abrigo para vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul
A Secretaria de Segurança Pública do RS informou que as denúncias de abuso sexual em abrigos serão investigadas | Foto: Alex /PMPA

O estadual implementou medidas para tentar equilibrar as contas nos últimos anos. Entre elas, reforma administrativa, privatizações e aumento da alíquota do ICMS.

Decisões controversas no passado, como a escolha do índice de correção da dívida em 1998 e a suspensão temporária do pagamento da dívida com a União em 2015, também influenciaram no aumento da dívida pública.

Em resposta à crise atual, o governo federal suspendeu o pagamento das parcelas mensais da dívida do Estado até o fim do ano por causa do estado de calamidade provocado pelas chuvas. O Senado aprovou o reconhecimento de estado de calamidade pública, permitindo que os gastos emergenciais não sejam contabilizados na meta fiscal.

A destruição causada pelas enchentes comprometeu o potencial produtivo do Rio Grande do Sul, exigindo uma reconstrução massiva, o que provavelmente piorará a situação fiscal. Com a previsão de eventos climáticos extremos mais frequentes, a instabilidade e os custos elevados de seguros para novos investimentos são uma preocupação crescente.

Fonte: revistaoeste

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