O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou haver um impasse fiscal entre a ala política de direita e de esquerda. A fala ocorreu em um café da manhã com jornalistas realizado nesta sexta-feira, 20, na sede da pasta, em Brasília.
O petista disse, ainda, que a divergência das partes dificulta o equilíbrio das contas públicas. De acordo com Haddad, a direita é resistente à “necessária tributação”, enquanto a esquerda reluta em aceitar cortes de gastos.
“Sei que esse discurso desagrada a esquerda e a direita, esse discurso que eu acabo de fazer”, começou Haddad, que continuou: “Ele desagrada, porque um lado não quer contenção de gastos e o outro não quer pagar imposto. Aí fica difícil, né? A direita não quer pagar os impostos que deve, e a esquerda não quer conter gastos, como é que fecha as contas?”
O ministro recebeu perguntas sobre críticas da esquerda ao pacote de cortes. Ele evitou discutir posições individuais, mas celebrou a aprovação das medidas. “Estou feliz que nós aprovamos, está tudo bem”, afirmou.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta (20) que a sustentabilidade das contas públicas é um desafio que vai além da ideologia, apontando resistências tanto da direita, que “não quer pagar impostos”, quanto da esquerda, que “não quer conter gastos”.
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— InfoMoney (@infomoney) December 20, 2024
“Agora, as pessoas se colocam. Não posso impedir as pessoas de se colocarem. O que nós fazemos é explicar a necessidade.”
Haddad reforçou sua relação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e disse que a proximidade entre os dois é crucial para os desafios fiscais. Ele também mencionou um consenso crescente sobre a necessidade de seguir adiante com as medidas fiscais.
À tarde, em que Lula, Haddad, a ministra Simone Tebet, do Planejamento e Orçamento, e o ministro Rui Costa, da Casa Civil, aparecem ao lado do próximo presidente do Banco Central, o economista Gabriel Galípolo. O indicado de Lula recebeu elogios do presidente.
Fonte: revistaoeste