Antes de sair do posto de presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), a desembargadora Clarice Claudino da Silva, que em dezembro aprovou um bônus de R$ 10 mil de auxílio-alimentação aos colegas magistrados, contratou um artista plástico para fazer pinturas suas. O custo de duas obras foi de R$ 11 mil.
De acordo informações do Blog do Fausto Macêdo, do jornal O Estado de S. Paulo, as telas foram alocadas no Palácio da Justiça e no Centro de Memória do Poder Judiciário de Mato Grosso. A entrega das obras dependia da “aprovação prévia” da desembargadora. O artista já havia pintado outros desembargadores para a galeria de ex-presidentes da Corte.
Sob a administração de Clarice, o tribunal firmou 423 contratos ao longo de seu mandato. Entre as contratações, destaca-se o serviço de bufê, com dez garçons contratados por empresa terceirizada, em regime de dedicação exclusiva de 40 horas semanais, ao custo de R$ 508 mil, por 12 meses.
Com um , a desembargadora aprovou um controverso pagamento de “vale-alimentação” em dezembro, seu último mês no cargo. O benefício foi de R$ 10 mil para magistrados e R$ 8 mil para servidores, apelidado de “vale peru”.
Esse auxílio gerou polêmica, levando o ministro Mauro Campbell Marques (CNJ-DF), corregedor do Conselho Nacional de Justiça, a ordenar a suspensão dos pagamentos por considerar os valores exorbitantes. No entanto, os depósitos já haviam sido realizados nas contas dos funcionários do tribunal. Depois da decisão do CNJ, o tribunal recuou e exigiu a devolução dos valores pagos.
Fonte: revistaoeste