Deputados do PL entregaram na sexta-feira 2, uma solicitação para que o presidente declare o ditador venezuelano como persona non grata no Brasil.
O pedido foi assinado por 32 deputados, incluindo Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF) e Nikolas Ferreira (PL-MG). A solicitação precisa passar por votação no plenário antes de ser enviada ao presidente Lula.
Os parlamentares afirmam que houve uma “manipulação grotesca” nos resultados eleitorais que deram “vitória” a Maduro. Eles afirmam que a medida é necessária para “condenar internacionalmente as ações autoritárias que minam a democracia e a estabilidade na região”.
“Essa medida reforçará o compromisso do Brasil, acima de interesses ideológicos e partidários, com a liberdade e pela democracia liberal, alinhando-se às vozes globais que clamam por justiça e transparência na Venezuela”, justificam os signatários.
O significado de persona non grata
A expressão persona non grata é usada para descrever alguém que não é bem-vindo. No contexto das relações internacionais, significa que um representante oficial estrangeiro perde seu status diplomático ou consular, bem como suas imunidades e privilégios, conforme o Itamaraty.
Em fevereiro, por exemplo, o governo de Israel declarou Lula persona non grata depois que o presidente brasileiro comparou a atuação militar israelense na Faixa de Gaza com o massacre de judeus durante o regime nazista de Adolf Hitler.
Em meio ao caos que se instalou na Venezuela depois de o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país anunciar a vitória do ditador Nicolás Maduro, internautas brasileiros resgataram, nesta semana, um vídeo e maio de 2023. O material mostra elogios e sugestões que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu ao venezuelano.
Na ocasião, ao receber o ditador no , o petista afirmou que foi construída uma “narrativa” de que a Venezuela não é um lugar democrático. Lula também disse que havia ações para mostrar o país vizinho como local tomado pelo autoritarismo.
O presidente brasileiro aconselhou Maduro a mostrar que a Venezuela não era, de fato, antidemocrática. Além disso, Lula disse que seria preciso fazer as pessoas mudarem de opinião sobre o regime chavista.
O chefe do Executivo brasileiro ainda afirmou que a “narrativa” que Maduro construiria seria “infinitamente melhor” do que aquelas que “o povo tem contado sobre o país sul-americano”.
Fonte: revistaoeste