O deputado federal João Daniel (PT-SE) solicitou aos ministérios da Justiça e de Relações Exteriores, no último sábado, 22, um esclarecimento sobre a retenção do palestino Muslim Muslim Abuumar Rajaa e de sua família no Brasil. .
No documento, enviado ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, o petista afirma que o objetivo do ofício é abordar uma “inadmissão sem motivação explícita” de Muslim Abuumar.
As autoridades impediram a entrada do palestino sob suspeita de associação com o grupo terrorista Hamas. Ele estava acompanhado de seu filho, da mulher e da sogra.
Daniel alegou que “não foram apresentadas provas, documentos ou ofícios que confirmem” as alegações sobre o suposto envolvimento de Muslim Abuumar com o Hamas.
Conforme o ofício, Muslim Abuumar chegou ao Brasil em um voo da Qatar Airways. Ele vinha de Doha, depois de sair da Malásia, onde reside com a família.
Para barrar a entrada, a emitiu um documento de inadmissão do palestino. Seu advogado entrou com um mandado de segurança, para esclarecer a razão da proibição da entrada no Brasil.
Essa não é, contudo, a primeira vez que João Daniel se vê em meio ao noticiário sobre o Hamas. Em maio, a saber, , um dos líderes do grupo terrorista. O encontro entre o líder extremista e o político do PT ocorreu em Joanesburgo, na África do Sul.
A Justiça Federal, no entanto, ordenou a suspensão da deportação até que os fatos sejam esclarecidos. Além disso, determinou que a sua mulher receba atendimento hospitalar.
No sábado 22, o Judiciário emitiu uma decisão liminar, que impede temporariamente a PF de repatriar o cidadão palestino e sua família.
Os investigadores suspeitam que Abummar tenha vindo ao Brasil para que seu filho nasça em território brasileiro. O objetivo seria garantir a naturalização e a permanência dos familiares no país.
O detido é diretor de um Centro de Pesquisa e Diálogo da Ásia e Oriente Médio, localizado em Kuala Lumpur, na Malásia. Muslim Muslim Abuumar Rajaa nega ter relação com o Hamas.
Fonte: revistaoeste