O deputado estadual Cristiano Caporezzo (PL-MG) apresentou uma notícia-crime contra a atriz global Claudia Raia. Em entrevista a uma emissora de TV portuguesa, a artista declarou que teria dado um vibrador à filha em seu aniversário de 12 anos.
“Quando a Sophia [filha de Claudia] fez 12 anos, dei um vibrador para ela e disse: ‘Vá se investigar, vai saber do que gosta’”, contou a atriz. Na denúncia, o parlamentar acusa Claudia pelo crime de “exposição de conteúdo inadequado a menores de idade”, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente ().
Para Caporezzo, a divulgação pública do episódio também comprometeu a privacidade da filha de Claudia, em contrariedade ao ECA, “que assegura a proteção da intimidade e da imagem de crianças e adolescentes”.
Segundo trecho da denúncia, a artista “utilizou-se de seu prestígio e visibilidade em uma rede pública de televisão para relatar condutas que podem configurar crimes”. O texto ainda destaca que a atriz divulgou o caso “em uma clara e inequívoca conduta de normalização, reforço e incentivo dessas práticas”.
“Essa atitude, além de ser imprudente, configura um perigo social, pois incentiva outros pais e responsáveis a adotarem práticas similares, em afronta direta à legislação vigente e à moralidade pública”, denuncia Caporezzo.
Em entrevista ao nesta quarta-feira, 29, Caporezzo explicou a notícia-crime que moveu contra Claudia. O deputado classificou como “totalmente absurda” a posição da atriz. “Ela fala claramente que acha correto agir da maneira que agiu”, denuncia.
“Que mãe entrega um vibrador de presente pra filha de 12 anos?”, indaga o parlamentar mineiro. “Dar um vibrador para criança não é discutir sexualidade, o nome disso é pedofilia.”
Ele ainda refutou as acusações de que o crime teria prescrito, por ter ocorrido há dez anos. “Conforme a questão processual, o prazo prescricional para o time praticado contra criança e adolescente começa a contar a partir de 18 anos de idade e, nesse caso, prescreve em vinte anos”, explicou.
Segundo o parlamentar, Claudia pode “ser condenada pela prática de estupro de vulnerável para a própria filha” e pela conduta de corrupção de menores e constrangimento contra criança e adolescente.
Policial militar, Caporezzo diz que conhece a realidade do crime de pedofilia no Brasil. Para ele, Claudia normaliza uma conduta que “pode incentivar outros pais, abrindo um horizonte de perspectiva sexual da criança para algo muito mais amplo e pode levar à “.
Além disso, a fama obtida pela atriz favorece com que sua postura “seja tratada com normalidade” e “venha a escancarar as portas para que pedófilos tenham oportunidade para se aproximar de crianças com o pretexto de discutir a sexualidade”.
Em resposta, Cláudia disse que a fala foi tirada de contexto e a educação sexual sempre foi tratada de forma respeitosa e adequada à vontade da filha. “Como mãe, minha prioridade sempre foi criar um ambiente de confiança e informação”, justificou-se.
Fonte: revistaoeste
