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Política

Deputada encaminhará denúncia sobre morte de criança no HMC ao MP

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A deputada estadual Janaina Riva (MDB) usou as suas redes sociais para revelar o recebimento de denúncia sobre a morte de uma criança por conta do fechamento da UTI pediátrica no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) e afirmou que vai encaminhar toda a documentação que recebeu, ainda nesta sexta-feira (3) ao Ministério Público e ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

“Hoje mesmo eu recebi uma denúncia muito grave, muito séria, sobre uma criança que ficou a tarde toda na porta do HMC sem que tivesse atendimento. A UTI pediátrica lá está vazia por falta de pagamento de médicos, então não tinha médico lá para atender e essa criança veio a óbito por omissão de socorro. Tudo isso, graças ao desastre na gestão da saúde pública de Cuiabá, que tem como gestor principal o prefeito Emanuel Pinheiro. Esse é apenas um caso que chegou até mim, agora imagina quantas pessoas estão morrendo esperando a intervenção acontecer para que a gente posso ter noção do tamanho do problema e a começar a construir de fato uma saúde pública mais digna para toda população cuiabana e Mato-grossense”, comentou no vídeo.

Na denúncia recebida pela deputada, o denunciante diz que várias tentativas de reuniões foram feitas com o diretor do HMC para reverter o fechamento da UTI pediátrica, porém, nada foi feito. Os médicos, segundo consta da denúncia, estão sem receber desde outubro e deixaram de prestar o serviço para o hospital. Esta semana durante uma blitz da saúde no local com parlamentes da Câmara Federal, vereadores de Cuiabá e a equipe da deputada Janaina Riva, verificou o fechamento de 10 leitos de UTI pediátrica e falta de remédios na farmácia central.

“O diretor do HMC sabia de tudo isso que iria acontecer e nada fez, nos ignorou, finge demência até hoje, fechou os olhos para essa situação. O que mais me espanta é a cara de pau dele falar que é culpa da intervenção isso não tem nada haver. A UTI pediátrica paramos o serviço quarta feira 04/01/23 às 13:00 horas. Não existia intervenção nenhuma. Intervenção aconteceu alguns dias depois que a UTI já estava fechada (SIC)”, consta do relato da denúncia recebida pela deputada.

Para Janaina, ao invés de fazer uma CPI para investigar a intervenção, a Câmara poderia investigar as mortes que estão acontecendo, pelo dinheiro da corrupção que está indo pelo ralo aqui em Cuiabá. “Isso sim é um absurdo. Isso é motivo de vergonha para gente enquanto político, ver que isso está acontecendo. Enquanto as pessoas estão fazendo politicagem e querendo fazer gracinha, nós temos pessoas morrendo esperando na fila. Ainda bem que temos um Tribunal de Justiça e um Ministério Público que funcionam no nosso estado. Nós queremos a intervenção sim e queremos saber para onde foi o dinheiro da saúde”, finalizou.

 

Outro lado

Por meio de assessoria, a SMS enviou a seguinte nota:

– Quanto a denúncia INVERÍDICA da Deputada Janaina Riva sobre o fechamento da UTI Pediátrica, a Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP), que administra o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) esclarece que:

– A UTI Pediátrica do HMC foi fechada durante o período de intervenção do Governo na Secretaria Municipal de Saúde no dia 03/01, fato lamentável que nunca ocorreu na gestão Emanuel Pinheiro. Para a gestão municipal e para a ECSP o fechamento da UTI pediátrica foi absurdo;

– Sobre o pagamento dos médicos, o mês de novembro estava em aberto, porém os pagamentos seriam feitos entre 5 e 10 de janeiro, pois a realização do pagamento é feito depois do fechamento e conferências do fiscal de contrato com trâmite de cerca de 40 dias. Porém houve a intervenção e o fechamento foi em decorrência do co-interventor, nomeado pelo Governo, no período da intervenção, que não cumpriu com o acordado com a empresa terceirizada, de efetuar o pagamento, ao qual ele se comprometeu em uma reunião realizar o pagamento no dia 03/01, mas não foi feito o pagamento; 

– Assim os profissionais médicos abandonaram as 10 crianças, que estavam hospitalizadas na UTI Pediátrica. A ação é ilegal, pois o médico que presta serviço em caráter de urgência precisa avisar a instituição com 30 dias de antecedência do seu desligamento, caso contrário caracteriza-se como abandono de plantão. A equipe do hospital precisou transferir as crianças para o antigo Pronto Socorro e outros hospitais. A empresa terceirizada, no dia 03/01, lavrou um Boletim de Ocorrência pelo abandono das crianças nas UTIs, nominando os profissionais responsáveis;

– Quanto ao óbito da criança que chegou no politrauma do HMC vítima de afogamento, esta criança foi acolhida e feito todos os procedimentos possíveis de reanimação. O politrauma possui todos os equipamentos de uma UTI, somente depois de estabilizar a criança ela poderia ser transferida para um leito, o que infelizmente não ocorreu devido ao estado crítico em que a criança chegou trazida pelo SAMU;

– Sobre leitos de UTI pediátrica, ninguém fica desassistido, pois a Gestão dispõe de leitos no antigo Pronto Socorro, além de outros hospitais;  

– O diretor-geral da ECSP levará o caso ao Ministério Público com toda a documentação médica, e tomará as providências quanto a notícia inverídica, que causa mais uma vez pânico a sociedade e não ajuda em nada. A deputada infelizmente noticiou algo totalmente inverídico;

– A Gestão Municipal e a ECSP informam que estão viabilizando a reabertura da UTI pediátrica do HMC. A reabertura se dará com a contratação de uma nova equipe diretamente pela ECSP, pois o contrato que estava em atendimento já estava vencido e a ECSP já havia feito dois pregões, todos fracassados por falta de capacidade técnica das empresas.
 

Fonte: leiagora

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